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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Acontecimentos no ano de 1808-7ºparte

  • O conde de Ega é nomeado encarregado da Justiça
O 2º conde de Ega, chamado Aires Matos e Noronha casou em 2as núpcias com D. Juliana Maria Luísa Carolina Sofia de Oyenhausen e Almeida, condessa de Oyenhausen Gravemburgo, na Áustria, 3.ª filha do conde do mesmo título, Carlos Augusto, e de sua mulher, D. Leonor de Almeida Portugal, marquesa de Alorna.

A formosura da condessa da Ega cativou o general Junot e os seus amores tornaram-se tão públicos que ficou sendo conhecida como amante dele e que terá conseguido que o conde de Ega tenha sido nomeado por Junot encarregado da Justiça

  • A chacina de Évora por Loison

No dia 17 de Julho, o Tenente-general Francisco de Paula Leite de Sousa aceitou a direcção do governo militar que, a partir do dia 20 de Julho, passou a ter sede em Évora.

Dali foram expedidas ordens para a concentração, naquela cidade, das forças que já estivessem organizadas em diversas terras do Alentejo e procurou-se dar alguma instrução militar a alguns grupos armados que se tinham formado sem qualquer disciplina.

Entretanto chegou a notícia que forças francesas tinham saído de Lisboa e se encontravam já a Sul do Tejo. Tendo verificado que as notícias de desembarque de forças britânicas na costa portuguesa eram falsas, Junot decidiu enviar uma expedição para pôr fim ao movimento insurreccional e garantir a posse da linha de comunicações entre Lisboa e Évora.

No dia 25 de Julho, uma força francesa sob o comando de Loison atravessou o rio até Cacilhas e dirigiu-se para Évora. No dia 26, os franceses chegaram a Pegões.

Com as notícias da aproximação dos franceses, o general Paula Leite enviou um destacamento para Montemor-o-Novo com um efectivo de 650 homens de infantaria, 50 cavalos e 6 bocas de fogo. Comandava este destacamento o coronel Aniceto Simão Borges.

Reconhecendo que estas tropas não eram suficientes para enfrentar as forças francesas que se aproximaram, foi enviado um reforço de 400 homens e 2 bocas de fogo mas este corpo de tropas, quando se dirigia para Montemor-o-Novo, cruzou-se com forças em retirada que anunciaram a derrota do destacamento do coronel Aniceto Borges.

Assim, este segundo destacamento retrocedeu rapidamente para Évora, onde entrou na manhã do dia 28 de Julho, criando a maior preocupação naquela cidade.

Entretanto, prosseguiam os trabalhos de organização da defesa da cidade. Na manhã do dia 29 ainda chegaram a Évora reforços de Vila Viçosa e de Jerumenha. Taparam-se todas as portas da muralha excepto as do Rocio e de Machede.

Apesar daqueles reforços, era preciso ter em conta que as forças luso-espanholas não chegavam aos 2.000 homens. Além destas forças existia uma multidão quase desarmada e sem qualquer preparação militar.

O general Paula Leite decidiu, no entanto, enfrentar as forças francesas em campo aberto, no exterior das muralhas da cidade, em vez de aproveitar a protecção que estas podiam oferecer, apesar da sua degradação, para oferecer uma resistência mais eficaz.

Évora ficou à mercê dos franceses que, apesar da resistência oferecida pelos defensores, ali entraram. O saque da cidade prolongou-se por toda a noite e só no dia seguinte,Loison deu ordem para reunir as suas tropas.

O ataque à cidade de Évora tinha provocado nos portugueses e espanhóis, tropas regulares e civis, um número indeterminado de mortos e feridos que, entre os diversos autores oscila entre 2.000 e 8.000. Os franceses sofreram 90 mortos e 200 feridos

De Évora, Loison seguiu para Elvas e depois para Portalegre onde, no dia 6 de Agosto, recebeu a ordem de Junot para se dirigir para Lisboa seguindo o caminho de Abrantes. Os britânicos tinham começado a desembarcar forças a sul da Figueira da Foz.

  • Desembarque das tropas britânicas do Duque de Wellington

Entretanto, a frota comandada pelo Duque de Wellington (Arthur Wellesley),levantara ferro de Inglaterra a 09 de Julho. O desembarque das tropas britânicas ocorreu no Cabo Mondego entre 01 e 05 de Agosto de 1808. Ao receberem a notícia, os elementos mais destacados do Batalhão Académico avançaram da região de Leiria para a Figueira da Foz, juntando-se assim às tropas de Wellington.

Fonte :wilkipédia