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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Acontecimentos no ano de 1809-2ªparte

  • Linchamento do general Bernardim Freire de Andrade

Como foi atrás descrito, atendendo ao avanço das tropas francesas em direcção a Chaves, foi decidido pelo general Bernardim Freire de Andrade governador militar do Porto, que vencera os franceses em Caminha e em Cerveira, perante aquela investida para Chaves decide não sair em defesa daquela praça, preferindo o recuo para o Porto.

Dizem que revelando permeabilidade à influência popular, que acusava o general de ter aberto o caminho ao avanço francês, os soldados portugueses prendem o seu comandante, sob a acusação de traição. Após vários incidentes, a situação do general acaba por ser aparentemente resolvida quando o oficial prussiano o barão de Eben que comandava o regimento britânico sediado no Porto, e que consegue salvar  Freire de Andrade das mãos dos amotinados, sob a alegação de o enviar para uma prisão em Braga onde aguardaria julgamento,

Contudo a pequena escolta enviada para o proteger não foi suficiente para impedir a sua captura e posterior linchamento junto à prisão de Braga no dia 18  de Março de 1809.

  • A tomada da cidade do Porto

A situação no país em especial no norte do País era de grande confusão, acusações e condenações à morte sumárias aconteciam por todo o lado, juízes, militares e outras pessoas que se julgassem próximas dos franceses eram linchados  e os seus cadáveres arrastados pelas ruas do Porto e atirados ao Douro.

Enquanto isso as tropas francesas avançavam em direcção aquela cidade, Guimarães, Trofa, e Barcelos foram sendo tomadas pelas tropas de Soult.

A cidade era defendida por cerca de 20 mil homens indisciplinados e mal armados, comandadas pelo bispo D.António de São José de Castro,sendo  que após várias escaramuças e reencontros, as tropas francesas entram na cidade no dia 29 de Março, saqueando-a e proclamando vitória.

Tentando escapar aos ataques da cavalaria francesa, o povo fugia em grande pânico e ao tentar escapar para a margem oposta à cidade ao tentar atravessar a ponte das Barcas que unia as duas margens, atendendo ao peso que sobre ela incidia, desabou arrastando para a morte mais de 4 mil pessoas, muito embora as contas da mortandade pela conquista da cidade apontem para mais de 10 mil pessoas.