tag:blogger.com,1999:blog-29432932386707237142024-03-12T20:08:45.627-07:00D.João VI-Rei de Portugal(27º)Acontecimentos no reinado de D.João VI, divididos em três partes
.governo em nome da rainha (1792-1799)
.a regência de !799 a 1816
.e o reinado entre 1816 e 1826Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.comBlogger51125tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-20378984353437817582015-07-05T07:26:00.002-07:002015-07-05T07:28:59.412-07:00Acontecimentos no ano de 1800<div style="color: #990000;">
<b>Nascimento de D.Maria Francisca</b></div>
<b><br /></b>
<b>No Palácio de Queluz no dia 22 de Abril de 1800 nasceu a infanta Maria Francisca de Assis da Maternidade Xavier de Paula e de Alcântara Antónia Joaquina Gonzaga Carlota Mónica Senhorinha Sotera e Caia de Bragança e Bourbon..</b><br />
<b><br /></b>
<b>Filho numero 5 do casal e terceira mulher viria a casar em Madrid com o infante Carlos de Bourbon, também seu tio materno e irmão de Carlos IV o herdeiro do trono de Espanha tendo estado envolvido num problema relacionado com a sucessão ao trono de Espanha que não vem aqui a propósito descrever .</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<div style="color: #cc0000;">
<b>Morte de D.António o mais velho dos meninos da Palhavã</b></div>
<b><br /></b>
<b> D.António que nascera em Lisboa, a 1 de Outubro de 1704; faleceu a 14 de Agosto de 1800; sepultado no claustro do S. Vicente de Fora, filho de uma francesa e um dos três <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Meninos_de_Palhav%C3%A3"><span style="color: #990000;">Meninos de Palhavã</span></a>, por ter sido criado neste palácio. Foi reconhecido em 1742, tendo obtido o grau de doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra. Esteve desterrado no Buçaco, por ordem de Pombal, de 1760 a 1777.</b><br />
<br />
<div style="color: #cc0000;">
<b>No preâmbulo da guerra </b></div>
<div style="color: #cc0000;">
<br /></div>
<div style="color: #cc0000;">
<b>(<span style="color: black;">retirado deste</span> <a href="http://no%20pre%c3%a2mbulo%20da%20guerra%20/">excelente trabalho</a> )</b></div>
<b><br /></b>
<b><span style="color: #cc0000;">Com o regresso de Napoleão Bonaparte a França em Outubro de 1799, a tomada do poder em Novembro por meio do golpe de estado de "Brumário" e a vitória do exército francês em Marengo, em Junho de 1800, mas sobretudo com o armistício de Parsdorf de 15 de Julho assinado pelos comandantes dos exércitos francês e austríaco na Alemanha, a situação portuguesa deteriorou-se rapidamente. Com este armistício perfilava-se a possibilidade de um acordo com a Áustria, o que permitia pensar no desvio de recursos para a Península Ibérica.</span><br style="color: #cc0000;" /><br style="color: #cc0000;" /><span style="color: #cc0000;">Em 28 de Julho Napoleão Bonaparte decide enviar o general Berthier, o seu conhecido chefe de estado-maior, a Madrid com o objectivo de levar a Espanha a declarar a guerra a Portugal, interessando Carlos IV no projecto com uma solução para a situação do duque de Parma, primo direito do rei de Espanha, irmão da Rainha Maria Luísa, e sogro de uma das suas filhas, a infanta Maria Luísa, e que tinha o seu ducado ocupado pelo exército francês. A missão de Berthier, que só chegou a Madrid em 3 de Setembro, teve como consequência a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso de 1 de Outubro de 1800. Para dar ao duque de Parma a Toscânia e o título de rei a Espanha entregou à França a Luisiana, e 6 naus de guerra. Mas a declaração de guerra contra Portugal não foi acordada, mesmo que Napoleão Bonaparte tivesse pressionado para que a Guerra fosse declarada em meados de Outubro. A missão de levar a Espanha a declarar a guerra a Portugal foi entregue ao irmão Luciano Bonaparte, nomeado embaixador em Novembro de 1800, mas sem ordens para oferecer apoio militar, tirando a oferta de alguns oficiais de engenharia e de artilharia. O governo espanhol continuou a recusar-se a atacar Portugal. Em finais de</span><br style="color: #cc0000;" /><span style="color: #cc0000;">Novembro, com o fim do armistício na Alemanha, a guerra entre a Áustria e a França retomava-se afastando de novo o espectro de uma intervenção francesa na Península. Mas a derrota austríaca na batalha de Hohehlinden, na Baviera, em Dezembro de 1800, fazia prever a retirada da Áustria da guerra o que veio a acontecer em 9 de Fevereiro de 1801, quando se assinou o tratado de paz de Luneville entre a Áustria e a França. </span><br style="color: #cc0000;" /><br style="color: #cc0000;" /><span style="color: #cc0000;">Portugal, que se via pressionado pela Espanha para aceitar as velhas exigências da França de abandonar a aliança inglesa, foi recusando de facto a realização de qualquer tipo de negociação, durante todo o ano de 1800. E preparava-se para a guerra, ao regulamentar o recrutamento e a utilização dos regimentos de milícias, considerados essenciais para o reforço do exército de campanha, e que irão ter na guerra futura uma participação assinalável.</span></b><br />
<b><br /></b>
<b>A chegada de Luciano Bonaparte a Madrid e a presença de Godoy não eram bons indicadores para Portugal e dizia-se que a invasão de Portugal ainda não tinha acontecido devido "à moral " do rei Carlos IV, que recusava fazer guerra a Portugal por ter por cá uma filha, embora outras fontes afirmem que o fazia apenas para poder ressaltar a sua independência política face à França</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-84596375201471308322015-06-29T12:06:00.000-07:002015-06-29T12:06:52.583-07:00Nascimento de D.Pedro<br />
<b>Nascimento de D.Pedro</b><br />
<br />
<b>No dia 12 de Outubro de 1798, no quarto do Palácio de Queluz chamado D.Quixote , nasceu o segundo filho varão de D.João VI que viria a desempenhar um papel importante no futuro de Portugal e do Brasil, de seu nome Pedro de Alcantara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Muito embora a História nos venha a mostra o contrário , a verdade é que a sua condição de segundo filho varão não o destina-se à sucessão da coroa, que caberia ao seu irmão António, nascido 3 anos antes.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Contudo a saúde de D.António inspirava alguns cuidados o que teria levado D.Carlota Joaquina a mudar de ama para o recém-nascido, (as rainhas não amamentavam as suas crias), nomeando a que até aí se ocupara da infanta Maria Teresa, pelos vistos com sucesso (no futebol chama-se chicotada psicológica) e já agora fica o seu nome D.Mariana Margarida Xavier Botelho e que viria a ser a amamentadora de todos os restantes filhos</b>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-47462626074545871592015-06-26T10:28:00.000-07:002015-06-29T11:24:10.323-07:00.Nascimento de D.Maria Isabel de Bragança<b>.Nascimento de D.Maria Isabel de Bragança</b><br />
<br />
<br />
Maria Isabel Francisca de Assis Antónia Carlota Joana Josefa Xavier de Paula Micaela Rafaela Isabel Gonzaga de Bragança e Bourbon nasceu em Queluz a 19 de Maio de 1797 3º filho de D.João VI (opps) e de D.Carlota Joaquina viria a ser rainha de Espanha de 1816 até a sua morte<br />
devido ao seu casamento com Fernando VII, celebrado no dia 29 de Setembro de 1816, em Madrid, tinha como objectivo reforçar as relações entre Espanha e Portugal.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A rainha Maria Isabel destacou-se por sua cultura e afeição pela arte. Foi dela que partiu a iniciativa de reunir obras de arte dos monarcas espanhóis para criar um museu real, o futuro Museu do Prado, inaugurado em 19 de Novembro de 1819, um ano após sua morte1 .<br />
<br />
Maria Isabel e Fernando VII tiveram uma filha, Maria Luísa Isabel nascida a 21 de Agosto de 1817 e que viria a morrer 9 de Janeiro de 1818 e uma filha natimorta nascida a 26 de Dezembro de 1818. As complicações do segundo parto provocaram seu falecimento, no Palácio Real de Aranjuez.<br />
<br />
Seu corpo está sepultado no mosteiro do Escorial,<br />
<br />Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-37497418195339649392014-06-08T12:06:00.001-07:002014-06-08T12:06:56.110-07:00Preambulo da guerra das LaranjasA 10 de Agosto de 1797, falhou a que viria a ser a derradeira tentativa de evitar uma guerra que adivinhava entre Portugal e as forças franco-espanholas que consistia na assinatura dum tratado de paz coma França, desde logo destinada ao malogro porque a questão sem a qual não era possível qualquer entendimento com a França passava pela anulação do tratado com a Grã-Bretanha.<br />
<br />
Portugal tentava ganhar tempo na esperança que a sorte da guerra mudasse e que uma derrota da França, acabasse por ser benéfica para Portugal<br />
<br />
Depois de várias situações de impasse no inicio de 1800 a guerra parecia eminente devido á deslocação para a fronteira de tropas espanholas, deslocação de mantimentos e de hospitais de campanha.<br />
<br />
Em Agosto uma força inglesa ataca tropas espanholas perto de Ferrol, que como se calcula ainda mais indispôs o governo espanhol. Tendo Portugal solicitado ao general Abercombrie estacionado em Gibraltar, auxilio militar , que trouxe a Lisboa, a 8 de Novembro de 1800 alguns navios ingleses e cerca de 1500 homens e a promessa de virem mais <br />
<br />
Contudo perante uma epidemia declarada em Cádiz e a chegada de Luciano Bonaparte a Madrid, que promoveu algumas mexidas da condução política da eventual guerra, pareciam afastar no imediato o início da guerra, pelo que o governo inglês decidiu mandar retirar as tropas estacionadas em Lisboa, fazendo-as regressar a Gibraltar.Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-67874474581996087352014-06-08T11:30:00.000-07:002014-06-08T11:30:34.825-07:00O nascimento de D.Francisco António Pio<b>No dia 21 de Março de 1795 nasceu no Palácio de Queluz o primeiro filho varão de D.João VI e de D.Carlota Joaquina , aquele que se julgou na altura ser o sucessor ao trono, o infante D.Francisco António Pio, príncipe da Beira.</b><br />
<b><br /></b>
<b>O papa Pio VI foi convidado para padrinho, tendo o convite sido aceite. O baptismo viria a decorrer na sala de música do palácio de Queluz, motivo duplamente festejado, porque para além do próprio baptizado, promoveu um reencontro de Carlota Joaquina com a sua família</b>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-69310307653127407572012-11-05T17:51:00.002-08:002012-11-05T17:55:48.020-08:00Acontecimentos no ano de 1809-3ªparte<ul>
<li><b><span style="color: #cc0000;">A acção determinante do Brigadeiro Silveira</span></b></li>
</ul>
<b>Na sua caminhada para o Porto, as tropas do general Soult, no dia 20 de Março com muito pouco resistência organizada, ocupam Braga apenas 8 dias depois de terem ocupado Chaves.</b><br />
<b><br /></b>
<b>O objectivo de Soult era o Porto. </b><br />
<br />
<b> Após a ocupação do Porto, Soult enviou uma força para sul do Douro, mas na região de Trás-os-Montes, as comunicações ao longo da linha do Douro com as forças francesas em Espanha estavam cortadas pelas tropas do brigadeiro Silveira. que fora obrigado a retirar de Chaves, acantonando as suas tropas em Vila Real mas, assim que soube que Soult se dirigiu para Braga, reuniu as suas tropas, regulares e irregulares, e cercou a guarnição francesa que ali tinha ficado. </b><br />
<br />
<b>Esta rendeu-se após cinco dias de cerco. Em seguida, Silveira dirigiu-se para Amarante onde, além dos muitos ordenanças que conseguiu reunir na região de Chaves, recebeu também muitos dos fugitivos que tinham escapado do Porto. O seu exército agora contava cerca de 10 mil homens.</b><br />
<br />
<b>As forças do brigadeiro Silveira ocuparam a margem esquerda (Leste) do Tâmega e protegeram com trincheiras e alguns obstáculos as pontes e vaus daquele rio. Quando o destacamento de Loison, que Soult tinha enviado para estabelecer contacto com as forças de Lapisse, chegou ao rio Tâmega encontrou todas as passagens defendidas pelas tropas do brigadeiro Silveira. </b><br />
<br />
<b>Da resistência colocada ao avanço das tropas francesas, a defesa da Ponte de Amarante foi a acção mais significativa. Entre 7 de Abril e 2 de Maio, as forças portuguesas conseguiram impedir que as tropas francesas passassem para Leste do Tâmega e, igualmente importante, conseguiram imobilizar durante todo aquele tempo uma parte importante do exército de Soult que, depois de reforçado por duas vezes o destacamento de Loison, somava já cerca de 9 mil homens.</b><br />
<br />
<b>As tropas francesas acabaram por passar o Tâmega mas, devido à acção das forças de Silveira e da coluna sob comando de Beresford, que tinha saído de Coimbra no início de Maio e chegado a Peso da Régua a 10, acabaram por ser obrigadas a voltar para trás. No dia 12 de Maio, quando as forças de Wellesley entravam no Porto, Loison iniciava a retirada de Amarante para Guimarães. </b><br />
<br />
<b>Nesse mesmo dia Soult iniciava a sua retirada em direcção à Galiza.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Fonte Wilkipedia</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<ul style="color: #cc0000;">
<li><b>Chegada de Wellsley a Lisboa</b></li>
</ul>
<b> Arthur Wellesley foi o quarto filho do marquês de Mornington e de Ann Hill, a filha mais velha do visconde de Dungannon. Foi educado em Eton College e na Academia Militar em Angers, na França. Iniciou a sua carreira militar nos aquartelamentos do Regimento 73 na Inglaterra. </b><br />
<b><br /></b>
<b>Nasceu na Irlanda em 1769, curiosamente no mesmo ano de Napoleão. e viria a distinguir-se como militar na Índia onde o seu irmão era governador-geral.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Egocêntrico, duro, ultraconservador, seguiu mais tarde a carreira política tendo seguido mais tarde a carreira politica sendo por duas vezes nomeado primeiro-ministro inglês.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Em 1814 foi agraciado com o título de duque de Wellington, tendo desempenhado um papel de grande relevo, na sequência das invasões francesas assumindo o comando das tropas anglo-portuguesas no dia 22 de Março de 1809</b>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-69328336516964094232012-10-09T16:37:00.000-07:002012-10-09T16:37:09.168-07:00Acontecimentos no ano de 1809-2ªparte<ul>
<li><b><span style="color: red;">Linchamento do general Bernardim Freire de Andrade</span></b></li>
</ul>
<b><br /></b>
<b>Como foi atrás descrito, atendendo ao avanço das tropas francesas em direcção a Chaves, foi decidido pelo general Bernardim Freire de Andrade governador militar do Porto, que vencera os franceses em Caminha e em Cerveira, perante aquela investida para Chaves decide não sair em defesa daquela praça, preferindo o recuo para o Porto.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Dizem que revelando permeabilidade à influência popular, que acusava o general de ter aberto o caminho ao avanço francês, os soldados portugueses prendem o seu comandante, sob a acusação de traição. Após vários incidentes, a situação do general acaba por ser aparentemente resolvida quando o oficial prussiano o barão de Eben que comandava o regimento britânico sediado no Porto, e que consegue salvar Freire de Andrade das mãos dos amotinados, sob a alegação de o enviar para uma prisão em Braga onde aguardaria julgamento,</b><br />
<b><br /></b>
<b>Contudo a pequena escolta enviada para o proteger não foi suficiente para impedir a sua captura e posterior linchamento junto à prisão de Braga no dia 18 de Março de 1809.</b><br />
<b><br /></b>
<ul>
<li><b><span style="color: red;">A tomada da cidade do Porto</span></b></li>
</ul>
<b><br /></b>
<b>A situação no país em especial no norte do País era de grande confusão, acusações e condenações à morte sumárias aconteciam por todo o lado, juízes, militares e outras pessoas que se julgassem próximas dos franceses eram linchados e os seus cadáveres arrastados pelas ruas do Porto e atirados ao Douro.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Enquanto isso as tropas francesas avançavam em direcção aquela cidade, Guimarães, Trofa, e Barcelos foram sendo tomadas pelas tropas de Soult.</b><br />
<b><br /></b>
<b>A cidade era defendida por cerca de 20 mil homens indisciplinados e mal armados, comandadas pelo bispo D.António de São José de Castro,sendo que após várias escaramuças e reencontros, as tropas francesas entram na cidade no dia 29 de Março, saqueando-a e proclamando vitória.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Tentando escapar aos ataques da cavalaria francesa, o povo fugia em grande pânico e ao tentar escapar para a margem oposta à cidade ao tentar atravessar a ponte das Barcas que unia as duas margens, atendendo ao peso que sobre ela incidia, desabou arrastando para a morte mais de 4 mil pessoas, muito embora as contas da mortandade pela conquista da cidade apontem para mais de 10 mil pessoas.</b><br />
<b><br class="Apple-interchange-newline" /></b>
Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-58374615855345533702012-07-23T15:07:00.004-07:002012-07-23T15:28:11.261-07:00A 2º invasão francesa-1ªparte<span style="font-weight: bold;">Entretanto Napoleão entrara em Espanha a 4 de Novembro de 1808 disposto a resolver de vez a questão ibérica trazendo com ele, uma força superior a 200 mil homens.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esta grande ofensiva dirigida pelo próprio imperador levou Sir John Moore,chefe das forças britânicas na Península, a deslocar a maior parte das forças britânicas existentes em Portugal, para Espanha com o objectivo de, juntamente com os exércitos espanhóis, enfrentar esta ameaça. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A campanha terminou com a retirada das tropas britânicas após a batalha da Corunha (16 de Janeiro de 1809). </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Napoleão, entretanto, tinha voltado para França para enfrentar os austríacos que o pressionavam sob a ameaça de invasão. tendo deixado a perseguição do exército britânico a cargo do seu II Corpo de Exército, sob comando do marechal Nicolas Soult.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">As ordens que Soult tinha recebido de Napoleão consistiam em marchar em direcção ao Porto após o embarque das tropas britânicas na Corunha, devendo aquela cidade ser ocupada a 1 de Fevereiro. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Quando Soult deixou a Corunha dirigiu-se a Ferrol que se submeteu sem dificuldade a 26 de Janeiro de 1809. À vontade da população em resistir aos franceses, opunha-se a falta de determinação dos comandantes militares. O mesmo sucedeu com Vigo e Tui. No dia 2 de Fevereiro a guarda avançada de Soult chegou à margem norte do rio Minho mas só no dia 16 de Fevereiro, depois de estarem reunidas todas as forças, foi feita a tentativa de entrar em Portugal.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A primeira tentativa de Soult para entrar em Portugal foi levada a cabo entre Camposancos (na margem norte, a cerca de 3 km da foz do rio Minho) e Caminha (na margem sul). </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A travessia foi tentada em duas ou três dezenas de barcos de pescadores e, desta forma, apenas podiam ser transportados cerca de 300 homens de cada vez. As forças irregulares portuguesas que vigiavam na margem sul abriram fogo e só três embarcações chegaram ao seu destino com trinta e poucos homens que foram imediatamente aprisionados.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Soult decidiu não fazer outra tentativa de atravessar o Minho e deu ordem às suas unidades para marcharem em direcção a Ourense e daí seguirem em direcção a Chaves pelo vale do rio Tâmega. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Numa viagem marcada por confrontos com os insurrectos espanhóis, as primeiras forças chegaram a Ourense no dia 20 de Fevereiro e encontraram intacta a ponte que lhes permitia atravessar o rio. Só no dia 24 estavam concentradas todas as forças. Soult conservou o seu quartel general em Ourense por mais 9 dias para reabastecer e reparar equipamentos. O avanço para Portugal ficou marcado para 4 de Março.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">No dia 4 o exército francês marchou de Ourense para Allariz e daí para Monterrei onde esperou mais três dias para permitir às unidades e trens mais à retaguarda acompanharem o grosso das forças. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">No dia 10 de Março retomou a marcha em direcção a Chaves com forças em ambos os lados do Tâmega. As forças espanholas do marquês de La Romana tinham retirado daquela região e o brigadeiro Silveira governador militar de Trás-os-Montes, ficou isolado perante o invasor. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Outras forças portuguesas encontravam-se em Braga e Porto, sob o comando do general Bernardim Freire de Andrade, governador militar do Porto, mas foi decidido que não se juntariam a Silveira.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Perante a impossibilidade de resistir ao invasor, Silveira retirou as suas forças regulares para as posições de São Pedro de Agostém, a sul de Chaves. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">No entanto, as numerosas forças irregulares que o acompanhavam bem como parte do Regimento de Infantaria 12 de Chaves, decidiram defender aquela praça. Soult resolveu começar por atacar as forças do brigadeiro Silveira em São Pedro que foram obrigadas a retirar para Vila Real. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Sentindo-se menos protegidos os defensores da praça de Chaves renderam-se no dia 12 de Março. Soult fez de Chaves a sua base para as futuras operações em Portugal.</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-61813201138053957672012-06-19T13:29:00.008-07:002012-06-19T15:04:14.215-07:00Acontecimentos no ano de 1808-10ºparte<ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Reestabelecimento da regência</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Em 18 Setembro uma proclamação do general britânico Dalrymple, anuncia o reestabelecimento da Regência, para que se possa fazer a transferência do poder em Lisboa do exército britânico para as autoridades portuguesas.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Na constituição da nova Regência são excluídos o principal Castro, Pedro de Melo Breyner e o conde de Sampaio, por suspeitos de excessiva colaboração com os franceses.</span><br /><br /><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(204, 0, 0);">O exercito português é reestabelecido oficialmente</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">O exército português é reestabelecido oficialmente, por meio de uma portaria com um Edital anexo, onde se informam os oficiais, os sargentos e os soldados dos locais onde se estão a reorganizar os antigos corpos.</span><br /><span style="font-weight: bold;">**</span><br /><span style="font-weight: bold;">«Para restaurar as unidades dissolvidas pelos franceses, o exército português é reestabelecido oficialmente, por decreto de 30 de Setembro de 1808, no qual o Príncipe Regente ordena que se formem “todos os Corpos de Infantaria, Cavalaria e Artilharia, que compunham o mesmo exército no tempo que foi completamente desorganizado pelo intruso Governo Francês, e Ordenam que todos os Oficiais, Oficiais Inferiores, Tambores e Soldados se reúnam no espaço de hum mez àqueles Corpos a que pertenciam antes da sobredita desorganização, nos seus antigos Quartéis, declarados na relação junta a este edital.”</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> e, em edital anexo da mesma data, se informam os oficiais, os sargentos e os soldados dos locais onde se estão a reorganizar os antigos corpos.</span><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li>Regimentos de infantaria<br /></li><li> 1, 4, 10, 13 e 16 Lisboa;<br /></li><li>7 Setúbal;<br /></li><li>19 Cascais;<br /></li><li>5, 7 e 22 Elvas,<br /></li><li>3 Estremoz;<br /></li><li>8 Castelo de Vide;<br /></li><li>15 Vila Viçosa;<br /></li><li>20 Campo-Maior;<br /></li><li>2 Lagos;<br /></li><li>14 Tavira;<br /></li><li>11 Viseu,<br /></li><li>23 Almeida;<br /></li><li>6 e 18 Porto;<br /></li><li>9 Viana<br /></li><li>21; Valença;<br /></li><li>12 Chaves <br /></li><li>24 Bragança.<br /></li></ul><ul style="font-weight: bold;"><li>Regimentos de Cavalaria<br /></li><li>1, 4 e 7 Lisboa;<br /></li><li>10 Santarém;</li><li> 8 Elvas;<br /></li><li>2 Moura;<br /></li><li>3 Beja;</li><li> 5 Évora;<br /></li><li>11 Almeida;<br /></li><li>6 e 9 Chaves<br /></li><li>12 Bragança.</li></ul><ul style="font-weight: bold;"><li> Regimentos de Artilharia<br /></li><li>1 S. Julião,</li><li> 3 Estremoz,<br /></li><li>2 Faro,<br /></li><li>4 Porto.</li></ul><span style="font-weight: bold;">Fonte:Lagos militar</span><br /><br /><ul style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;"><li>Uma nota da Junta Central de Espanha</li></ul><span style="font-weight: bold;">No dia 16 de Outubro a Junta Central de Espanha, constituída para fazer frente ao rei usurpador José Bonaparte, enviou uma nota à regência portuguesa em Lisboa, retomando as relações entre os dois países interrompidas desde que Carlos IV, pai de Carlota Joaquina declarara guerra a Portugal.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esse reatar de relações inseria-se num movimento diplomático, que lembrando a importância da nossa rainha, na sucessão da coroa espanhola, atendendo ao facto de após o que se chamou o Motin de Aranjuez, o seu irmão Fernando VII ter ocupado o trono de Espanha depondo o pai ,mas que por sua vez Napoleão tinha substituído pelo se irmão José Bonaparte.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Por tudo isto, chegou muita gente a ponderar a possibilidade da Rainha, se retirar para os territórios Espanhóis no rio da Prata onde hoje se situa o Uruguai e a Argentina, iniciando um movimento absolutista independente dos reinos de Portugal e de Espanha, embora sob protecção inglesa,</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Na amalgama de interesses a posição que oficialmente Carlos Joaquina assumiu foi a resposta que deu à Junta Central foi a que estaria pronta para passar para esse domínios espanhóis para ocupar a regência por todo o tempo que o meu querido irmão e demais família permaneçam na sua actual desgraça</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-71925847998469377262012-05-22T13:33:00.004-07:002012-05-22T13:59:03.706-07:00Acontecimentos no ano de 1808-9ºparte<ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Retirada de Junot e do exercito francês</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">A declaração de derrota dos franceses feita na Convenção de Sintra, a 30 de Agosto de 1808, na qual foi assinado um acordo entre a Inglaterra e a França, encerrou a primeira invasão francesa a Portugal, sendo que Junot teria de retirar as suas tropas sem maiores perdas e em segurança, retirada que se iniciou a 15 de Setembro</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Este acordo foi criticado como disse anteriormente não só por algumas individualidades portuguesas mas também pela corte inglesa, que condenou o facto dos oficiais britânicos em Portugal, permitirem a retirada dos franceses de modo tão pacífico e sem qualquer consequência de maior.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Feito este acordo, Wellington ganhou o controle de Lisboa e da linha de defesa da barra do Rio Tejo, sem necessidade de combate.</span><br /><br /></div><ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">A Legião portuguesa ao serviço de Napoleão</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">Uma política napoleónica repetida em todos os países era a formação dum exercito nos países invadidos que eram afastados do seus pais e englobados no exercito francês para combater noutros países em Portugal, ficariam estacionadas somente as tropas francesas.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A Legião Portuguesa então formada contava com cerca de nove mil homens, assim distribuídos: os soldados dos 24 regimentos de Infantaria formavam cinco de Infantaria e um de Caçadores a Pé; com os doze regimentos de cavalaria formou três, dos quais um com artilharia. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O general Junot escolheu para chefiar a Legião Portuguesa o general de Divisão D. Pedro de Almeida, marquês de Alorna, coadjuvado por um segundo-comandante, o tenente-coronel Gomes Freire de Andrade, um antigo combatente nas tropas de Catarina II da Rússia, onde se notabilizara na conquista de Oczacov, e que também combatera no Rossilhão</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A partida da Legião Portuguesa foi marcada para Abril de 1808. Em Junho desse ano, esta já se encontrava em França, com menos de três mil membros, que entretanto desertaram pelo caminho (em Espanha, pois recusavam-se a combater por Napoleão), onde foi inspeccionada pelo imperador.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A Legião Portuguesa fora também alvo de um decreto, publicado em França a 5 de maio, que a organizava e estabelecia formalmente, recebendo o nome que a acompanhou até 1813.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A segunda divisão da Legião Portuguesa voltou a Espanha, por onde passara recentemente na viagem para França, para ajudar as tropas francesas a controlarem as revoltas contra os invasores, que entretanto tinham rebentado neste país. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Deste modo, os soldados portugueses vieram a participar, por exemplo, no cerco de Saragoça, de 2 de Junho a 13 de Agosto, onde pereceram para cima de 140.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">As baixas sofridas pelas forças invasoras e os seus aliados levaram Napoleão a reorganizar a Legião Portuguesa, que de seguida foi enviada para Grenoble.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em Março do ano seguinte, Napoleão ordenou a organização de uma décima terceira meia-brigada, composta por soldados portugueses que foram integrados nos granadeiros do marechal Oudinot, onde estes se destacaram a ponto de o imperador ter ordenado, a 12 de Junho, que estes recebessem o mesmo pré e os oficiais o mesmo soldo que os militares franceses de igual patente.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em 1809, os soldados portugueses voltaram a evidenciar-se em Aspern e em Wagram (somente com 1800 efectivos), onde foram decisivos para a vitória francesa e onde sofreram 491 baixas, entre as quais a do marquês de Loulé.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Fonte: Infopédia</span><br /></div>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-51775322258716508072012-04-03T16:19:00.004-07:002012-04-03T17:04:47.906-07:00Acontecimentos no ano de 1808-8ºparte<ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">A batalha da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Roliça</span></span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">Após o desembarque das força britânicas, cerca de 13 000 homens, no cabo Mondego, perto da Figueira da Foz, no dia 1 de Agosto sob o comando de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Arthur</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Wellesley</span> futuro duque de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Wellington</span> a que se juntaram cerca de 6000 portugueses, muito embora grande parte das forças portuguesas não tenham tomado parte no início das operações por não concordarem com o comando britânico, que segundo eles ao pretenderem deslocar-se para Sul, iriam deixar o Norte à mercê das forças francesas.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Informado do desembarque, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Junot</span> enviou o General <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">Delaborde</span>, no dia 6 de Agosto, com uma força relativamente pequena, com a missão de observar e, se possível, impedir o avanço inimigo. Deviam juntar-se-lhe as forças do General Louis Henri <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Loison</span> que se encontravam em Tomar. No dia 13 de Agosto a força <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">anglo</span>-lusa sai de Leiria e no dia seguinte entra em Alcobaça. No dia 15 entrou nas Caldas da Rainha e foi na aldeia de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">Brilos</span>, nos arredores, que se trocaram os primeiros tiros entre os destacamentos avançados de ambas as forças. No dia 16 o corpo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">expedicionário</span> de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">Wellesley</span> continuou o avanço para Sul e, depois de ter passado Óbidos, avistaram forças francesas posicionadas perto da povoação da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Roliça</span>.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">As forças luso-britânicas em muito maior número atacaram as posições francesas no dia 17 de Agosto obrigando <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Delaborde</span> a retirar</span><br /><br /></div><ul style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold; text-align: justify;"><li>A batalha do Vimeiro</li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">Após o Combate da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Roliça</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">Wellesley</span> dirigiu as suas forças para a região do Vimeiro com a finalidade de proteger o desembarque das brigadas comandadas pelos brigadeiros-generais <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Anstruther</span> e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">Acland</span>., que ainda se encontravam a bordo da armada fundeada ao <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">lorgo</span> da costa Atlântica.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">Junot</span> tinha as suas forças concentradas em Torres Vedras. No dia 20 ao fim da tarde, dirigiu-se ao encontro das forças <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">anglo</span>-lusas. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Da refrega resultou nova derrota <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_20">das</span> forças francesas que em Torres Vedras, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">Junot</span> e os seu generais reuniram-se para analisarem a situação. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Resolveram que o exército não estava em condições de enfrentar nova batalha e que a melhor saída desta situação era tentarem negociar com os britânicos. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os Franceses cediam Lisboa com todos os seus armazéns e riquezas intactos em troca da possibilidade de retirarem o exército para França em condições de segurança.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> O resultado das negociações que se seguiram foi a Convenção de Sintra que tão grande escândalo provocou.</span><br /><br /></div><ul style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold; text-align: justify;"><li>A convenção de Sintra</li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">Foi assinada em Sintra no dia 30 de Agosto de 1808 e suscitou viva contestação por parte dos portugueses, porque a mesma foi rubricada sem a intervenção de um único representante de Portugal. O bispo e Porto presidente da junta governativa reclamou o facto do acordo de paz, conter clausulas que permitia que o exército francês se retirasse de Portugal com todas as suas bagagens onde se incluíam, claro o produto das suas pilhagens, amnistiando todos os que com eles tinham colaborado </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Mesmo perante estes protestos incluindo o do embaixador em Londres D.Domingos de Sousa Coutinho, a convenção foi rigorosamente aplicada</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esta convenção foi assinada entre o general <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">Kellerman</span>(França) e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">Geoge</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">Murray</span>(Inglaterra)</span><br /></div>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-50885952195105626012012-02-17T14:08:00.007-08:002012-02-17T15:06:18.432-08:00Acontecimentos no ano de 1808-7ºparte<ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(102, 0, 0);">O conde de Ega é nomeado encarregado da Justiça</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">O 2º conde de Ega, chamado Aires Matos e Noronha casou em 2as núpcias com D. Juliana Maria Luísa Carolina Sofia de Oyenhausen e Almeida, condessa de Oyenhausen Gravemburgo, na Áustria, 3.ª filha do conde do mesmo título, Carlos Augusto, e de sua mulher, D. Leonor de Almeida Portugal, marquesa de Alorna.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> A formosura da condessa da Ega cativou o general Junot e os seus amores tornaram-se tão públicos que ficou sendo conhecida como amante dele e que terá conseguido que o conde de Ega tenha sido nomeado por Junot encarregado da Justiça</span><br /><br /></div><ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(102, 0, 0);">A chacina de Évora por Loison</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-weight: bold;">No dia 17 de Julho, o Tenente-general Francisco de Paula Leite de Sousa aceitou a direcção do governo militar que, a partir do dia 20 de Julho, passou a ter sede em Évora. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Dali foram expedidas ordens para a concentração, naquela cidade, das forças que já estivessem organizadas em diversas terras do Alentejo e procurou-se dar alguma instrução militar a alguns grupos armados que se tinham formado sem qualquer disciplina. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Entretanto chegou a notícia que forças francesas tinham saído de Lisboa e se encontravam já a Sul do Tejo. Tendo verificado que as notícias de desembarque de forças britânicas na costa portuguesa eram falsas, Junot decidiu enviar uma expedição para pôr fim ao movimento insurreccional e garantir a posse da linha de comunicações entre Lisboa e Évora. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">No dia 25 de Julho, uma força francesa sob o comando de Loison atravessou o rio até Cacilhas e dirigiu-se para Évora. No dia 26, os franceses chegaram a Pegões.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Com as notícias da aproximação dos franceses, o general Paula Leite enviou um destacamento para Montemor-o-Novo com um efectivo de 650 homens de infantaria, 50 cavalos e 6 bocas de fogo. Comandava este destacamento o coronel Aniceto Simão Borges. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Reconhecendo que estas tropas não eram suficientes para enfrentar as forças francesas que se aproximaram, foi enviado um reforço de 400 homens e 2 bocas de fogo mas este corpo de tropas, quando se dirigia para Montemor-o-Novo, cruzou-se com forças em retirada que anunciaram a derrota do destacamento do coronel Aniceto Borges. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Assim, este segundo destacamento retrocedeu rapidamente para Évora, onde entrou na manhã do dia 28 de Julho, criando a maior preocupação naquela cidade.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Entretanto, prosseguiam os trabalhos de organização da defesa da cidade. Na manhã do dia 29 ainda chegaram a Évora reforços de Vila Viçosa e de Jerumenha. Taparam-se todas as portas da muralha excepto as do Rocio e de Machede. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Apesar daqueles reforços, era preciso ter em conta que as forças luso-espanholas não chegavam aos 2.000 homens. Além destas forças existia uma multidão quase desarmada e sem qualquer preparação militar. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O general Paula Leite decidiu, no entanto, enfrentar as forças francesas em campo aberto, no exterior das muralhas da cidade, em vez de aproveitar a protecção que estas podiam oferecer, apesar da sua degradação, para oferecer uma resistência mais eficaz.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Évora ficou à mercê dos franceses que, apesar da resistência oferecida pelos defensores, ali entraram. O saque da cidade prolongou-se por toda a noite e só no dia seguinte,Loison deu ordem para reunir as suas tropas. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O ataque à cidade de Évora tinha provocado nos portugueses e espanhóis, tropas regulares e civis, um número indeterminado de mortos e feridos que, entre os diversos autores oscila entre 2.000 e 8.000. Os franceses sofreram 90 mortos e 200 feridos</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">De Évora, Loison seguiu para Elvas e depois para Portalegre onde, no dia 6 de Agosto, recebeu a ordem de Junot para se dirigir para Lisboa seguindo o caminho de Abrantes. Os britânicos tinham começado a desembarcar forças a sul da Figueira da Foz. </span><br /><br /></div><ul style="color: rgb(102, 0, 0); font-weight: bold; text-align: justify;"><li>Desembarque das tropas britânicas do Duque de Wellington</li></ul><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-weight: bold;">Entretanto, a frota comandada pelo Duque de Wellington (Arthur Wellesley),levantara ferro de Inglaterra a 09 de Julho. O desembarque das tropas britânicas ocorreu no Cabo Mondego entre 01 e 05 de Agosto de 1808. Ao receberem a notícia, os elementos mais destacados do Batalhão Académico avançaram da região de Leiria para a Figueira da Foz, juntando-se assim às tropas de Wellington.</span><br /><br />Fonte :wilkipédia<br /><br /><br /><br /></div>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-46363395145971930262012-01-20T14:46:00.001-08:002015-06-26T11:03:15.649-07:00Acontecimentos no ano de 1808-6ºparte<ul style="font-weight: bold; text-align: justify;">
<li>Deslocação de Loison em direcção ao Porto</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: bold;">No dia 17 de Junho, o general Loison sai de Almeida em direcção do Porto, comandando uma pequena força militar, com o intuito de restabelecer a situação. No dia 21 de Junho, força de Loison, tendo passado o rio Douro na Régua, é atacada por membros das Milícias e das Ordenanças de Trás-os-Montes, nos Padrões de Teixeira, perto de Mesão Frio. </span><br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">O ataque fez com que a força que dirigia atravessasse precipitadamente o rio e recuasse para Lamego, sendo obrigado a regressar a Almeida.</span><br />
<br /></div>
<ul style="font-weight: bold; text-align: justify;">
<li><span style="color: #990000;">Levantamento de Coimbra</span></li>
</ul>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia,serif; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 20px; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: 100%;">Estudantes vindos do Porto chegaram a Coimbra no dia 23 de Junho e logo fomentaram o levantamento contra as forças napoleónicas ocupantes. Tomou-se o aquartelamento francês alojado no Colégio de São Tomás (actual Palácio da Justiça), foram descobertos os brasões do reino na Câmara Municipal e Mosteiro de Santa Cruz e iniciou-se o fabrico de munições no Laboratório Químico da UC.<br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia,serif; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 20px; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: 100%;">Depois os estudantes organizaram-se em torno do estudante Bernardo Pereira Zagalo e marcharam de Coimbra para o Forte de Santa Catarina na Figueira da Foz.<br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia,serif; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 20px; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: 100%;">Zagalo arregimentou 40 praças, sendo 25 estudantes voluntários e, na tarde de 25 de Junho de 1808, avançou em direcção a Tentúgal e Montemor-o-Velho.<br /><br />Com os povos vindos de Coimbra, Tentúgal, Carapinheira e Montemor, armados com foices, pás, enxadas e forquilhas, o destacamento atingia 3.000 homens quando na tarde de 26 de Junho se começou a abeirar do Forte de Santa Catarina.<br /></span><br />
<div align="justify" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia,serif; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: 100%;">Zagalo não foi o único oficial a distinguir-se. No levantamento das populações desempenhou papel de relevo o sargento António Cayolla. A Torre da UC funcionou como centro de emissão de mensagens, através de toques de sinos (nesse tempo os sinos ouviam-se até Tentúgal!) e de fogueiras acesas no topo.<br /> <br /> </span></div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia,serif; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: 100%;">A rendição do forte ocorreu no dia 27 de Junho de 1808, com Zagalo coroado de glória. As operações militares não terminaram com a conquista do Forte de Santa Catarina. O Batalhão Académico avançou para sul, tendo libertado Soure, Condeixa, Pombal, Leiria e Nazaré.</span></div>
<br />
<span style="font-size: 100%;"><br />Fonte : <a href="http://guitarradecoimbra.blogspot.com/"><span style="color: #990000;">Guitarra de Coimbra</span></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<ul style="font-weight: bold; text-align: justify;">
<li><span style="color: #990000;">Criação de Juntas da Inconfidência</span></li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-weight: bold;">Em Junho de 1808, num contexto de reacção contra a presença do ocupante francês, sem um centro político orientador, cabe à iniciativa local, através do seu braço popular ou das autoridades e dos corpos sociais preponderantes das terras, iniciar um movimento restaurador com vista à substituição das autoridades francesas. </span><br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">Deste movimento restaurador, surgido com maior ou menor espontaneidade, nascem novas instituições que assumem funções essencialmente relacionadas com a defesa do território. Surgindo em terras de maior proeminência social e política cedo se aliam em torno da direcção unificadora da Junta Provisional do Governo Supremo, sediada no Porto, que </span><span style="font-weight: bold;">procurou ter uma acção política a nível de todo o território continental até à reposição do Conselho de Regência.</span><br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">Surgem assim na Província do Minho, mas também em Trás-os-Montes, as Juntas, sobretudo nas terras cabeças de comarca, Valença, Braga, Guimarães, Barcelos, Vila Real, Torre de Moncorvo, Miranda do Douro, ou sedes de governos militares de cariz provincial, Viana e Bragança e na cidade do Porto, onde se vai estabelecer uma Junta Suprema. Em muitos concelhos, sobretudo com assento em Cortes, vão também surgir governos políticos </span><span style="font-weight: bold;">em forte articulação com os governos administrativos camarários, que agregam às câmaras representantes dos três braços da Nação, clero, nobreza e povo.</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-23245194063032622112012-01-13T13:45:00.000-08:002012-01-13T16:03:36.616-08:00Acontecimentos no ano de 1808-5ºparte<ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(204, 0, 0);">Novo governo formado no Brasil</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-weight: bold;">Três dias depois do desembarque foi constituído o novo ministério sendo D.Fernando José de Portugal e Castro o marquês de Aguiar, antigo governador da Baía e antigo vice-rei do Brasil, foi nomeado ministro e secretário de Estado dos Negócios do Reino, Rodrigo de Sousa Coutinho, conde de Linhares, ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, salientando-se o afastamento de António de Araújo Azevedo de acordo com o alinhamento político para com a Inglaterra sendo este ministro considerado demasiadamente aberto as posições francesas.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A questão entretanto colocado foi a da instalação de tão numerosa comitiva, que conduziu a verdadeira onda de desocupação dos proprietários que naturalmente causou grande indignação e descontentamento , levando a que houvesse desde logo uma medida régia de fomento de construção em terrenos não aproveitados, estabelecendo isenções ou reduções de décima.</span><br /><br /></div><ul style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold; text-align: justify;"><li>A conquista da Guiana francesa</li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">Na sequência da declaração de guerra à França em que se anulavam todos os tratados anteriores entre os dois países, a justificação para a conquista da Guiana era de origem defensiva do litoral brasileiro, dada a relativa proximidade daquela colónia francesa.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Com o apoio duma força naval inglesa, organizou-se uma expedição sob o comando do tenente-coronel Manuel Elvas Portugal, ocupando em Novembro a capital Caiena que capitulou face ao cerco a que esteve sujeito. Embora em Janeiro do ano seguinte se tenham assinado os termos da posse da Guiana por Portugal o certo é que nunca aquele território foi declarado oficialmente como fazendo parte do território nacional.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">D.João viria em 1817 abandonado a Guiana após novo acordo com a França, após tentativa de troca com Olivença</span><br /><br /></div><ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">A revolta no Algarve</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-weight: bold;">Em finais de Maio, ao mesmo tempo que Loison tinha sido enviado para Almeida, uma outra força francesa tinha sido enviada para Alcoutim sob o comando do general de brigada Avril.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Sevilha revoltou-se no dia 26 de Maio, tendo-se organizado uma junta de governo que entregou o comando das forças militares ao general Castaños, comandante do Exército Espanhol , cujo quartel-general era em Algeciras. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em 10 de Junho, devido aos acontecimentos do Porto, e preparando-se para que o mesmo acontecesse no sul, as forças de Avril e de Maurin foram recolocadas por ordem do general Junot. Ao general Avril foi ordenado que ocupasse Estremoz e Évora, e mandasse um batalhão do Regimento de Infantaria n.º 86 para Elvas. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Ao coronel Maransin, comandante da Legião do Sul, que supria as funções do general Maurin, doente em Faro, que substituísse as forças de Avril em Mértola e Alcoutim e que defende-se o Algarve com o batalhão do Regimento de Infantaria Ligeira n.º 2616. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Era uma decisão controversa já que ao substituir as tropas de Avril, veteranas, pelas de Maurin, pouco fiáveis, abandonava qualquer ideia de apoio à expedição de Dupont, e ao manter um único batalhão no litoral algarvio, permitia a revolta da população contra a ocupação.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">De facto, no Algarve, a sublevação começou oficialmente no dia 16 de Junho, dia do Corpo de Deus, em Olhão, sob a direcção do coronel José Lopes de Sousa, governador da praça de Vila Real de Santo António.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Mas a revolta desenvolvia-se desde pelo menos o dia 12 de Junho, véspera do dia de Santo António, possivelmente devido ao conhecimento que se teve em Tavira da revolta do Porto, informação trazida por dois barcos que pescavam naquelas águas. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A actuação dos revoltosos de Olhão, no dia 18, promoveu a revolta de Faro do dia 19 de Junho de 1808, dirigida por oficiais do Regimento de Artilharia n.º 4 (de Lagos).</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">As tropas francesas começaram a abandonar o Algarve a partir do dia 21 de Junho concentrando-se em Mértola. A coluna francesa chegou a Beja no dia 26 já bem longe do Algarve e sobretudo bem longe da Andaluzia. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Nesta província a luta contra as forças militares francesas continuava como em todo o território espanhol.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os oficiais britânicos continuavam sem perceber o que se passava em Portugal, muito menos as movimentações das forças francesas, não tendo as forças navais nem as forças terrestres britânicas qualquer influência no decorrer da revolta algarvia e muito menos da andaluza. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O que se passou foi que a revolta das províncias do Norte de Portugal tinha obrigado o comando francês em Portugal a modificar o dispositivo das suas forças, fazendo-o abandonar a ideia de apoiar as forças francesas em Espanha. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A revolta do Algarve permitiu, contudo, que o exército de Castaños não tivesse que se preocupar com a sua retaguarda, quando avançou contra Dupont, em 27 de Junho, já que as forças francesas estacionadas no Algarve tinham abandonado o reino em 21 de Junho.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A ligação entre as diferentes acções militares em todo o espaço ibérico foi uma constante desde o princípio da Guerra.</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;">Referência : </span><a style="font-weight: bold;" href="http://www.arqnet.pt/"><span style="color: rgb(153, 0, 0);">O portal da História</span></a><br /><span style="font-weight: bold;"> </span><br /></div>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-41784095212682559712012-01-10T14:27:00.000-08:002012-01-10T15:50:35.754-08:00Acontecimentos no ano de 1808-4ºparte<ul><li><span style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;">Levantamento de Bragança dirigido pelo general Manuel Jorge de Sepulveda</span><br /></li></ul><div style="color: rgb(78, 78, 78); font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; background-color: rgb(255, 255, 255);" align="justify"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Eram 5h da tarde de 11 de Junho quando, em Bragança, Madureira Cirne, abade de Carrazedo, recebeu em casa uma carta dando conta da revolta no Porto, informação que passou aos presentes, o cónego da Sé Catedral, Bento José de Figueiredo Sarmento, o bacharel Pedro Álvares Gato, o médico António Afonso Dias Veneiros e outros; logo ali se formulou a intenção de agir, exclamando a abade Madureira Cirne “<i>«é tempo de sacudirmos o jugo francês! Viva o Príncipe Regente»</i>”<br /><br />. Entusiasmado, contacta o capitão Bernardo de Figueiredo Sarmento, do Regimento de Infantaria 24, o governador do bispado, Paulo Miguel Rodrigues de Morais, e o sargento-mor de milícias, Manuel Ferreira de Sá Sarmento. Todos manifestam vontade de um levantamento em armas na cidade contra os franceses, disponibilizando-se, de imediato, a agrupar soldados, milicianos e populares para o efeito, que são encaminhados para a frontaria da Igreja de São Vicente.</span></span></div><div style="color: rgb(78, 78, 78); font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; background-color: rgb(255, 255, 255);" align="justify"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"><br /></span></div><div style="color: rgb(78, 78, 78); font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; background-color: rgb(255, 255, 255);" align="justify"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Impunha-se aliciar um oficial com o prestígio e a influência necessárias para organizar e comandar a «turba» que se ia juntando. E quem melhor que o jovem general Manuel Sepúlveda, de 73 anos e governador militar provincial?<br /><br />Este, que se encontrava no interior da Igreja a assistir à tercena de Santo António, aceita o encargo, posiciona-se no cimo das escadas e lança o grito de emulação guerreira: proclamou a restauração dos direitos reinantes da Casa de Bragança, chamou às armas todos os transmontanos, enalteceu o fervor patriótico do povo, ordenou a reorganização de todas as forças militares regulares (Regimentos de Infantaria 24 e Cavalaria 12), Regimento de milícias e Brigada de ordenanças e solicitou um contributo financeiro e em géneros a todos os bragançanos</span></span></div><div style="color: rgb(78, 78, 78); font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; background-color: rgb(255, 255, 255);" align="justify"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"><br /></span></div><div style="color: rgb(78, 78, 78); font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; background-color: rgb(255, 255, 255);" align="justify"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Mas a grande originalidade da revolta em Bragança prende-se com o facto de nessa mesma noite de 11 de Junho, as palavras do general Sepúlveda terem sido passadas a papel, num claro gesto de firmeza, com a afixação de um edital que referia: “<i>«Devendo pelas circunstâncias ocorrentes dar as providencias conducentes á segurança desta província, por se achar sem tropa alguma de linha: faço saber a todos os desertores simples que em nome do Príncipe regente, N. S e Soberano, lhes perdoo a dita deserção, se se juntarem por estes quinze dias á minha presença nesta cidade e á presença do governador de Chaves, naquella praça e no referido termo, para se alistarem nas tropas, que vou formar desde já com officiais, que sahirão da redução passada. Convido também e mando aos que deram baixa na dita redução, venham alistar-se na referida forma, com vencimento de pão e pret que dantes tinham, até superior resolução. Nas circunstâncias supraditas não é preciso mais palavras para entusiasmar os bons portugueses, tendo o exemplo nos vizinhos hespanhoes. Dado no Quartel General de Bragança aos 11 de Junho de 1808. Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda»</i><br /><br />Fonte > <a href="http://www.revistamilitar.pt/"><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Revista Militar</span></a> artigo do<br /></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: Verdana; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; background-color: rgb(255, 255, 255); font-size: small; display: inline ! important; float: none;">Tenente-Coronel Abílio Pires Lousada</span><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">.<br /><br /></span></span><ul><li><span style="color: rgb(204, 0, 0);font-size:100%;" >Notícia publicada na Gazeta de Lisboa sobre a procissão do Corpo de Deus em Lisboa</span><br /></li></ul><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;"><br /></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Em Lisboa, a Procissão do Corpo de Deus é talvez mais magnífica que em alguma outra parte da Cristandade. Assistem a ela, todos os anos, a Corte, o Clero da capital, os Cavaleiros das Ordens Militares do Reino, os Corpos Monásticos e as Irmandades do Santíssimo [Sacramento] das diferentes freguesias desta cidade.<br /><br />A Procissão decorre na bela Praça do Rossio, as duas magníficas ruas que lhe ficam vizinhas, a Augusta e a Áurea, e a dos Capelistas: todas as casas e janelas deste circuito estão nesse dia armadas de damasco encarnado, de sorte que parecem estar convertidas num vasto Templo, com galerias cheias de espectadores, à roda do qual circula mui religiosamente a mais extensa das procissões.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">O Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Duque de Abrantes, desejando ardentemente prestar uma nova homenagem à Religião, quis que a dita Procissão, que neste país é uma festividade nacional, se celebrasse este ano da mesma forma e com o mesmo aparato que nos anos anteriores; mas como fosse sangrado no dia precedente, por causa de uma indisposição que lhe sobreviera, devia, em vez de acompanhar a Procissão, assistir a ela da varanda do Palácio da Intendência Geral da Polícia, situado na Praça do Rossio, diante do qual passava a Procissão; portanto, a dita varanda se achava disposta adequadamente para esse fim por ordem do Senhor Conselheiro do Governo, Intendente Geral da Polícia do Reino.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Sua Excelência passou ao Palácio da Intendência Geral pelas nove horas da manhã; e foi ali recebido pelas principais autoridades militares e civis, assim francesas como portuguesas.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">A Procissão começou a sair, pelas dez horas, da Igreja de S. Domingos, contínua à Praça do Rossio; e já a frente dela entrava na Rua Augusta, por entre duas alas de tropas.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Por toda a parte se via estabelecida a melhor ordem; e reinava esta entre o estranho concurso dos habitantes, senão quando um terror pânico se apodera da parte do povo que ocupava o meio da Rua Augusta: o medo vai lavrando, e a multidão se abala até à Praça do Rossio, como se estivesse ameaçada de algum grande perigo; falavam uns em movimento de artilharia, por se costumar pôr todos os anos naquela Praça algumas peças, para saudar o Santíssimo Sacramento; e outros imaginavam que havia um tremor de terra; cada um se figura uma causa grave para uma fugida inesperada, e ninguém sabia ainda que só se tratava de um ladrão que acabava de ser preso na Rua Augusta pela Guarda Militar, e que para fugir favorecido pela confusão, gritara que lhe acudissem, ao escapar-se.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Assim que o Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Duque de Abrantes advertiu, do alto da varanda, nesta agitação, que podia tornar-se perigosa em meio de uma tal multidão, deu as suas ordens e desceu pessoalmente à Praça, ao princípio só, mas em breve se viu seguido dos membros das autoridades militares e civis. A sua presença e a sua voz detém, como por uma espécie de prestígio, aquela multidão que por todos os lados se precipitava: “De que tendes medo? grita ele. Não estou eu em meio de vós? Que podeis recear onde eu estou? Sem dúvida há aqui engano, ou insinuação de alguns dos nossos inimigos comuns. Olhai para as minhas tropas que estão à roda de vós! Sede como elas, tranquilos e imóveis!”.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Imediatamente torna a si todo o povo, ficando cada indivíduo no seu lugar, sem que houvesse (o que custará a crer, não obstante ser um facto sabido de toda a capital) outro acidente senão o estarem por terra cinco ou seis pessoas, mas sem dano algum, e uma tão somente ferida, ao cair. Nem um só soldado saiu da sua fileira ou fez uso da sua arma, ainda que alguns tivessem de cair ao chão; todos porém num instante tornaram a ficar na sua posição.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Sua Excelência o General em Chefe passa logo à Igreja, onde se achava ainda a maior parte da Procissão; ali se vê rodeado de uma multidão imensa, que ignorava o que fora dela tinha acontecido, e que deitada aos seus pés lhe dizia em alta vós: Senhor, livre-nos deste perigo! Declara logo Sua Excelência que a sua intenção é que a Procissão prossiga imediatamente; e que para desenganar as pessoas que pudessem crer que havia o menor perigo, ia em pessoa acompanha-la.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Em menos de dez minutos se torna a formar a Procissão com a mais perfeita tranquilidade e o mais piedoso recolhimento; e faz-se com a mesma solenidade que se observara nos anos em que mais brilhante fora.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">O Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Duque de Abrantes, sem embargo de estar doente, e apesar do ardor do Sol à hora do meio-dia, não quis aceitar um pálio (dais) que se lhe oferecera; ia só, a pé, descoberto, precedido dos seus Ajudantes de Campo, e seguido das diversas autoridades militares e civis.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">Nunca houve ocasião em que Sua Excelência mais conciliasse a atenção do povo, e que visse da parte deste maior interesse e maiores testemunhos de afeição. Parecia que todos o congratulavam daquela inspiração tão rápida e tão judiciosa, que lhe fizera opôr um remédio certo a uma desordem que, a não ser a sua presença e a confiança universal que ela excita, podia ter bem tristes consequências; davam todos mostras de agradecer-lhe o ter livrado do medo e quase de que soubessem do dito acidente as demais partes da cidade, que disso só ouviram falar depois de se ter acabado a Procissão no maior sossego, e sem que a malevolência pudesse já semear a mais leve inquietação pela pronta maneira com que ficara restabelecida a seguridade.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">O resto da tarde e a noite do mesmo dia se dedicaram aos passeios de costume, em carruagem, pela Praça do Rossio e ruas vizinhas; por todas as partes ressoavam as expressões do mais vivo reconhecimento, correndo de boca em boca para com o Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Duque de Abrantes, cuja admirável presença de ânimo, muitas vezes tão necessária no interior das cidades como nos campos de batalha, acabava de fazer a esta capital um tão importante serviço!</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;color:#000000;"><span style="font-family:Verdana;">[Fonte: 1.º Suplemento à Gazeta de Lisboa, n.º 24, 17 de Junho].</span></span><br /><br /><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-90559531639484533702011-11-25T15:05:00.000-08:002011-11-25T15:40:56.410-08:00Acontecimentos no ano de 1808-3ºparte<ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Declaração de guerra à França</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-weight: bold;">Em 10 de Junho de 1808, o príncipe regente de Portugal, no Brasil, declarava nulos todos os tratados de Portugal com a França, declarando guerra aos franceses e amizade ao seu antigo aliado, a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Grã</span>-Bretanha. </span><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Decreto de 10 de Junho de 1808</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Havendo o Imperador dos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Francezes</span> invadido os meus Estados de Portugal de uma maneira a mais <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">aleivosa</span> e contra os Tratados subsistentes entre as duas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Corôas</span>, principiando assim sem a menor provocação as suas hostilidades e declaração de guerra contra a minha <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Corôa</span>; <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">convem</span> á dignidade <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">della</span>, e á ordem que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">occupo</span> entre as Potencias, declarar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">semelhantemente</span> a guerra ao referido Imperador e aos seus <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">vassallos</span>; e por tanto ordeno que por mar e por terra se lhes façam todas as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">possiveis</span> hostilidades, autorizando o corso e armamento, a que os meus <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">vassallos</span> queiram propor-se contra a Nação <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Franceza</span>; declarando que todas as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">tomadias</span> e prezas, qualquer que seja a sua qualidade, serão completamente dos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">aprezadores</span> sem <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">deducção</span> alguma em beneficio da minha Real Fazenda. A Mesa do Desembargo do Paço o tenha assim entendido e o faça publicar, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">remettendo</span> este por cópia ás Estações competentes e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">affixando</span>-o por <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">editaes</span>.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">Palacio</span> do Rio de Janeiro em 10 de Junho de 1808.</span><br /><span style="font-weight: bold;">Com a rubrica do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Principe</span> Regente Nosso Senhor."</span><br /><br /></div><ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(204, 0, 0);">Começo das revoltas populares </span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">No Porto, em 6 de Junho, vai abrir-se um período de revoltas populares contra a ocupação francesa, em resultado das quais as populações de Chaves, Miranda, Torre de Moncorvo, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">Ruivães</span>, Vila Real, entre outras, responderam imediatamente à chamada. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Sob o comando do tenente-general <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">Sepúlveda</span> o movimento de Trás-os-Montes voltou ao Porto, onde foi nomeada a Junta Provisional do Supremo Governo do Reino (1808), sob o comando do bispo do Porto, D. António de Castro.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">As revoltas iniciam-se da periferia para o interior do País onde se concentravam as principais forças francesas.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os sinais de revolta iniciaram-se e aprofundaram-se em <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_23">consonância</span> com o calendário litúrgico</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">As tropas espanholas que dominavam o Porto sob as ordens do general <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">Ballesta</span>, decide abandonar o Porto e associar-se a luta que alguns dos seus compatriotas travavam contra os franceses retirando para a Galiza.Tendo antes disso prendido o general <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">Quesnel</span>, um francês que substituíra <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">Tarrancos</span> por morte deste, no comando da cidade do Porto.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O movimento de rebelião alastrava por Espanha igualmente</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em Portugal, as tropas francesas sob o comando de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">Junot</span> ficam reduzidas às concentrações numa área em volta de Lisboa, delimitada pelo Atlântico, o rio Tejo, e por uma linha que ia de Peniche até Abrantes.</span><br /><br /></div>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-31331421262238853462011-11-21T15:39:00.000-08:002011-11-21T16:27:05.106-08:00Acontecimentos no ano de 1808-2ºparte<ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">O marquês de Alorna chefia a Legião Portuguesa</span><br /></li></ul><br /><span style="font-weight: bold;">Aceita comandar as forças portuguesas na parte de Portugal dominada pelo exército francês, e mais tarde de todo o exército. Reorganiza o exército de acordo com os regulamentos franceses, e dirige a saída do exército português do país em Abril de 1808, comandado por aqueles que lhe estiveram sempre mais próximos, tanto nas posições políticas como nas ligações familiares.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em França, dará informações sobre a melhor maneira de conquistar Portugal, tentando mesmo participar activamente na invasão do país dirigida por Massena. As suas propostas não são seguidas, mas a sua presença é considerada necessária, sendo condenado à morte em Juízo de Inconfidência pela colaboração activa com o invasor. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Sai de Portugal com Massena, sendo mandado inspecionar a Legião Portuguesa que irá integrar o exército francês que invadiu a Rússia em 1812. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Acompanhando as forças portuguesas, é nomeado governador de Mohilew, na Lituânia, mantendo-se nesse cargo até à retirada francesa, que acompanha. Morreu em Conisberga, capital da Prússia Oriental. Devido aos esforços da irmã, mas sobretudo à política de conciliação seguida por D. João VI, a sua memória é reabilitada e o título restaurado.</span><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Rebelião no Norte de Portugal</span><br /></li></ul><br /><span style="font-weight: bold;">Por ordem de Napoleão Bonaparte de 30 de Outubro de 18071, Henri Loison é nomeado comandante da 2.ª divisão do Corpo de Observação da Gironda, que invadiu Portugal em Novembro, substituindo o general Laroche, que abandonou o corpo, por motivos de doença, em 21 de Outubro. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Chega a Lisboa, nos primeiros dias de Dezembro, não tendo conseguindo acompanhar a sua divisão nas marchas forçadas que a trouxeram até Lisboa, sendo enviado para o norte da capital. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">É encarregue das expedições punitivas que se realizam em Maio e Junho de 1808 contra as populações insurrectas do Norte de Portugal e do Alentejo. Estando em Almeida, foi encarregue da ocupação do Porto, após a retirada das tropas espanholas daquela cidade, em Junho de 1808, mas será derrotado pelas Milícias e Voluntários das Ordenanças de Trás-os-Montes em Mesão Frio. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Regressado a Lisboa, é enviado de imediato para o Alentejo, tentando dispersar as forças insurrectas em Évora,</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Loison ficou conhecido em Portugal pelo Maneta, porque em princípios de 1806, perdera o seu braço esquerdo num acidente de caça. Por causa dele ficou até hoje conhecida a expressão negativa de "</span><span style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;">ir tudo para o maneta</span><span style="font-weight: bold;">", em alusão à sua violência </span><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Deslocação a Baiona de uma Deputação Portuguesa</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Para além da saída de cerca de 90000 homens de Portugal para engrossar as fileiras militares napoleónicas, um delegação de notáveis vai a Baiona encontrar-se com o imperador, numa manifestação de fidelidade, dos 50 inicialmente previsto só se dslocaram 14, entre a nobreza,que ofereceram ao imperador a testemunho da obediência da nação portuguesa.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">São portadores duma carta e pretende ser um momento de afirmação dos interesses do Povo português, independentemente do tipo de governo, e que, em última instância, se resumiam na manutenção da independência e da unidade do território nacional.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> A deputação tinha sido criada em 23 de Fevereiro de 1808 com ordens para estar em Bayonne entre 1 e 10 de Abril, para cumprimentar Napoleão Bonaparte. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Saiu de Lisboa em 12 de Março e chegou a 2 de Abril à cidade francesa. Napoleão chegou no dia 14 tendo recebido o grupo português no dia 16. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A ideia por detrás desta acção do governo francês, era enviar para França, tanto com a deputação como com o envio do exército português que acompanhou o grupo até Bayonne, a elite aristocrática portuguesa, pensando que assim conseguiria anular a capacidade de resistência da população.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A deputação, para além do pedido de diminuição da contribuição de guerra, terá também pedido a manutenção da Casa de Bragança no trono de Portugal, destituída pelo governo francês de Junot em Janeiro de 1808, assim como a manutenção da unidade do país, cuja desagregação estava prevista no tratado franco-castelhano de 1807. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O primeiro pedido não foi aceite, como se comprova pelo texto, sendo que o segundo já estava em vigor desde Janeiro de 1808. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esta carta foi muito mal recebida pela população portuguesa, e aumentou claramente a vontade de revolta que acabou por acontecer em princípios de Junho, no seguimento de tumultos acontecidos um pouco por toda a parte no dia do Corpo de Deus, despoletados pela revolta que se generalizava em Espanha, e a repor a Casa de Bragança no trono de Portugal, naquilo que foi de facto de 1808 a 1814 a Segunda Guerra da Restauração de Portugal.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Após a reunião com o imperador dos franceses, os membros da deputação foram enviados para Bordéus, ficando reféns do governo francês. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A carta foi subscrita por</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Marquês de Penalva</span><br /><span style="font-weight: bold;">Marquês de Marialva</span><br /><span style="font-weight: bold;">D. Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo</span><br /><span style="font-weight: bold;">Marquês de Valença</span><br /><span style="font-weight: bold;">Marquês de Abrantes</span><br /><span style="font-weight: bold;">Marquês de Abrantes, D. José </span><br /><span style="font-weight: bold;">Conde do Sabugal</span><br /><span style="font-weight: bold;">Francisco, Bispo de Coimbra e Conde de Arganil</span><br /><span style="font-weight: bold;">José, Bispo, Inquisidor Geral</span><br /><span style="font-weight: bold;">Visconde de Barbacena</span><br /><span style="font-weight: bold;">D. Lourenço de Lima</span><br /><span style="font-weight: bold;">D. José, Prior Mor da Ordem Militar de S. Bento de Avis</span><br /><span style="font-weight: bold;">Joaquim Alberto Jorge</span><br /><span style="font-weight: bold;">António Tomás da Silva Leitão </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esta acção foi amplamente divulgada e em Maio, Junot informa Napoleão do êxito popular dessa adesão, falando-lhe da necessidade de um príncipe para o trono português, Falava nele próprio obviamente</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-52891118971638635752011-11-02T14:14:00.000-07:002011-11-02T15:07:19.470-07:00Acontecimentos no ano de 1808<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxs-d-bayewIYz13PwQDvl74QdhrVSkm8OPDUwGz_DuxbeFjqjwnSoy6pWOmYQbNP80ol3H3SvzW8KkAUOqFXZ9AU8FvdBvBks_GSD0QmEDYV4s84SiIgnewr-aGXnGrg11gFOxbi2n4A/s1600/chegadag.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 317px; height: 207px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxs-d-bayewIYz13PwQDvl74QdhrVSkm8OPDUwGz_DuxbeFjqjwnSoy6pWOmYQbNP80ol3H3SvzW8KkAUOqFXZ9AU8FvdBvBks_GSD0QmEDYV4s84SiIgnewr-aGXnGrg11gFOxbi2n4A/s320/chegadag.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5670522692074417778" border="0" /></a><br /><br /><ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Chegada da família real ao Brasil</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"> <span style="font-weight: bold;">No dia 18 de Janeiro de 1808 chegam à costa da Bahia.<br /><br />No dia 22 são avistados pelos habitantes de da Cidade de Salvador os primeiros navios da esquadra.</span> <span style="font-weight: bold;">Às quatro horas da tarde do dia 22 de Janeiro de 1808 todos os navios da esquadra estavam fundeados e o Conde da Ponte, governador da Bahia vai à bordo do navio Príncipe Real.<br /><br />No dia 23 é a vez dos membros da da Câmara de irem à bordo do navio Príncipe Real.</span> <span style="font-weight: bold;">Às cinco horas da tarde do dia 24 a comitiva real desembarcou na Bahia, com imensa pompa e solenidade.<br /><br /></span><span style="font-weight: bold;">Após 54 dias de viagem a esquadra portuguesa chegara ao Brasil e seis dias após a chegada D. João cumpriu o seu acordo com os ingleses, abrindo os portos brasileiros às nações amigas, isto é, a Inglaterra.<br /><br />Eliminando em parte o monopólio comercial português, que obrigava o Brasil a fazer comércio apenas com Portugal.</span> <span style="font-weight: bold;"><br /><br />Como nota de curiosidade, anteriormente no dia 10, pelas 11 horas da manhã, a frota que levava a corte para o Brasil, cruza a linha do Equador. D. Maria I e o Príncipe Regente tornavam-se os primeiros monarcas europeus a passar para o hemisfério austral.</span> </div><ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li> <span style="color: rgb(153, 0, 0);">A destituição da casa de Bragança</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">Como já disse, a governação, após a retirada da corte para o Brasil, ficara entregue a um Conselho de Regência, composto por nove elementos e presidido pelo marquês de Abrantes. </span> <span style="font-weight: bold;"><br /><br />Estes elementos seriam representativos da nobreza, clero e magistratura nacionais e cooperariam em tudo com os franceses, chegando a publicar a Lei Fundamental do Governo do Reino, base jurídica do apoio ao invasor.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Para Junot, esse conselho não tinha validade, pelo que acabou por mandar dissolvê-lo a 1 de Fevereiro de 1808.<br /><br />Proclamando a destituição da Casa Real de Bragança, nomeando três secretários de Estado franceses e chamou para conselheiros dos ministérios figuras públicas nacionais.<br /><br /></span><span style="font-weight: bold;">A partir daí todos os textos legais e proclamações seriam assinados em nome de Napoleão.</span> <span style="font-weight: bold;"> As armas do reino de Portugal e as insígnias da Casa de Bragança seriam banidas ou ocultadas.<br /><br />No castelo de S. Jorge, Junot mandou hastear a bandeira francesa, instalou-se no palácio do barão de Quintela e recebeu de Napoleão o título de Duque de Abrantes. </span> </div><ul style="font-weight: bold; text-align: justify;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Um imposta Napoleónico</span><br /></li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">O imperador francês ordenou então à semelhança do que aconteceu a outras nações dominadas, a cobrança de um imposto extraordinário de 40 milhões de cruzados, sendo 6 milhões cobrados só à Junta do Comércio. </span> <span style="font-weight: bold;"><br /><br />Os soldados franceses e espanhóis (cerca de 50 000) iniciaram o saque de ouro e prata das igrejas de Lisboa e arredores e espalharam a violência pela nação inteira<br /><br /></span> <span style="font-weight: bold;">Aos camponeses foram impostas avultadas requisições agrícolas e os bens da Casa Real e dos nobres fugidos seriam confiscados.<br /><br />Entretanto, na capital do reino, Junot tentava aliciar as populações e prometia-lhes uma sociedade nova, mais livre, mais justa e mais progressista</span><br /></div>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-11103409618468413302011-10-20T17:03:00.000-07:002011-10-20T17:42:20.862-07:00Acontecimentos no ano de 1807-5ºparte<ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">A ocupação militar do Norte</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Apesar da convenção anexa ao Tratado de Fontainebleau prever que as tropas francesas e espanholas ocupassem o país ao mesmo tempo, tal não se passou quer no sul, quer no norte de Portugal. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Tendo plena consciência disto mal chegara a Abrantes, Junot ordenou então que a Divisão espanhola do General Carrafa, que acompanhara a entrada das tropas francesas em Portugal, se dirigisse para o Porto.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> Porquê o norte e não o sul? Era natural que Junot tomasse aquela resolução, pois como o General Taranco se demorava a ocupar o território denominado como Reino da Lusitânia Setentrional (segundo o aludido tratado), "era necessário ir segurar a importante cidade do Porto, por onde podiam sair grande parte dos habitantes e das riquezas de Portugal, sendo a segunda cidade do reino em grandeza e opulência, e achando-se também nela a prata das igrejas do Bispado e de Braga" </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">(José Accursio das NEVES, História Geral da Invasão dos Franceses em Portugal, e da Restauração deste Reino – Tomo I, 1809, Lisboa, pp. 299-300). </span><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A marcha da Divisão Carrafa foi no entanto bastante morosa. Estas tropas alcançaram Tomar no dia 28 de Novembro, mas só partiram no dia 9 de Dezembro, talvez em virtude do atraso do pagamento duma contribuição que Carrafa tinha imposto. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">De Tomar partiram em direcção a Coimbra (onde foram arrecadados mais dez mil cruzados, a somar aos quatro mil adquiridos em Tomar). Quando chega ao Porto, já a Divisão do seu conterrâneo General Taranco encontrava-se aí há alguns dias. </span><br /><br /><ul style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;"><li>Desarmamento das forças armadas portuguesas</li></ul><span style="font-weight: bold;">Junot achou prudente desarmar o exército português, mesmo levando em conta que era patente que o nosso exército não aparentava qualquer possibilidade de fazer frente ao exército ocupante.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Porém por decreto de 22 de Dezembro, os regimentos de infantaria e cavalaria são reduzidos a uma quarta parte, formando-se uma legião portuguesa que depois seria enviada para França</span><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Uma força militar britânica, comandada pelo general Beresford, ocupa a ilha da Madeira.</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">A ilha foi declarada colónia britânica e os funcionários portugueses obrigados a juramento de fidelidade ao monarca da Grã-bretanha. Beresford foi o Governador nomeado para dirigir a Madeira. Esteve no cargo poucos meses mas introduziu várias reformas.</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-25319992963330899842011-10-08T09:49:00.000-07:002011-10-08T13:25:11.521-07:00Acontecimentos no ano de 1807-4ºparte<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdcsDtje3feeuiPjTWZ0kdZ60ddPbzesZMoZ0UpCjpNrKCrohw6yeElufn25WkPQRuVN607Vpthk_UYU0lIo14Bl8nWeMriDaTC_4qJYlgXEMM__dRPbRLRIXWRZtOJOZRq18p7aRo7Uk/s1600/imgres.jpeg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 185px; height: 273px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdcsDtje3feeuiPjTWZ0kdZ60ddPbzesZMoZ0UpCjpNrKCrohw6yeElufn25WkPQRuVN607Vpthk_UYU0lIo14Bl8nWeMriDaTC_4qJYlgXEMM__dRPbRLRIXWRZtOJOZRq18p7aRo7Uk/s320/imgres.jpeg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5661219982767372690" border="0" /></a><br /><ul style="font-weight: bold;"><li>O<span style="color: rgb(153, 0, 0);"> Conselho de Regência dirige-se a Sacavém para receber as tropas invasoras</span></li></ul><span style="font-weight: bold;">Durante a caminhada de Junot para Lisboa o Conselho de Regência decide enviar uma delegação a Sacavém para receber as tropas invasoras.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Francisco Stockler que ainda exercia as funções de secretário da Real Academia das Ciências, foi um dos dignitários escolhido para em nome da Regência do Reino, saudar o general invasor.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esta atitude, e ainda o facto da Academia haver de imediato eleito Junot para sócio, emitindo um diploma que, acompanhado por um discurso laudatório, foi entregue a Junot por Stockler, enquanto secretário da mesma, granjearam-lhe fama de colaboracionista, ao mesmo tempo que o colocavam na confiança dos franceses.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Aceitando de Junot o comando da bateria da Areia, próximo a Belém, que entrou em acção para impedir a saída de navios portugueses que pretendiam refugiar-se no Brasil, Stockler deu provas de verdadeiro colaboracionista, o que levou a que, após a retirada francesa, a Regência lhe retirasse todos os cargos e privilégios.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Stokler foi apenas um dos bajuladores, exorbitando como aliás alguns membros da Junta de governadores no colaboracionismo ordenado pelo Conselho de Estado e pelo regente D.João.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Pensa-se que esta estratégia de "boa harmonia" com o invasor, tentava não excluir a hipótese de retoma de negociações de paz com Napoleão a partir do Brasil</span><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(204, 0, 0);">Primeiras disposições de Junot</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Mesmo com excelente recepção, Junot não deixou de tomar providências para assumir o controlo do País, colocando gente sua em lugares chave. O general Delaborde foi designado governador de Lisboa e Hermann um diplomata que já fora cônsul em Lisboa, passou a integrar a Junta como comissário, tomando depois conta do Erário Régio e das finanças, sendo também Lagarde outro oficial francês nomeado para intendente da Polícia.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Procurando assegurar a ordem pública, foram impostas regras para o recolhimento nocturno da população, fechadas casa de jogo e proibidos ajuntamentos e claro interdito o uso e porte de armas.</span><br /><br /><ul style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;"><li>Motins em Lisboa</li></ul><span style="font-weight: bold;">Mesmo com as medidas impostas por Junot, não se evitaram os motins na cidade, destacando-se em 13 e 14 de Dezembro, depois de ter sido içada no Castelo de S.Jorge uma bandeira portuguesa no mínimo sem a presença da bandeira portuguesa a seu lado.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Muita da contestação, tinha motivação económica, normalmente relacionada com a paralisação da economia .Em qualquer dos casos a repressão era enorme, não sendo difícil que essa contestação acabasse em fuzilamentos.</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-72057109703236062272011-10-05T15:52:00.000-07:002011-10-05T17:11:58.297-07:00A retirada da família real para o Brasil<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLD1uShbPFCp2FEoqU5g6Bf80EAUA5iM18jMIXnlWJqX6rTPIBE2zR5etpAvbJayQspMSWYdFd1pGl3XscNFRzsyQOpexgkAsJnjYo9kXCRhyphenhyphenZvOIBsRGrqRtBPmkXxX2wg4ymRQNCxN0/s1600/350px-Pr%25C3%25ADncipe_Regente_de_Portugal_e_toda_a_Fam%25C3%25ADlia_Real_embarcando_para_Brasil_no_cais_de_Bel%25C3%25A9m.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 194px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLD1uShbPFCp2FEoqU5g6Bf80EAUA5iM18jMIXnlWJqX6rTPIBE2zR5etpAvbJayQspMSWYdFd1pGl3XscNFRzsyQOpexgkAsJnjYo9kXCRhyphenhyphenZvOIBsRGrqRtBPmkXxX2wg4ymRQNCxN0/s320/350px-Pr%25C3%25ADncipe_Regente_de_Portugal_e_toda_a_Fam%25C3%25ADlia_Real_embarcando_para_Brasil_no_cais_de_Bel%25C3%25A9m.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660163392358609218" border="0" /></a><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Convocação do Conselho de Estado</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">O príncipe regente apenas nos dia 23 de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">Novembro</span> recebeu a notícia da penetração de tropas francesas em território português. Convocou imediatamente o Conselho de Estado,</span><br /><span style="font-weight: bold;">que decidiu embarcar para o Brasil toda a Família Real e o Governo, servindo-se da esquadra que estava pronta para o Príncipe da Beira e as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">infantas</span>.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Na mesma ocasião foi <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_2">constituída</span> uma Junta de governadores,que ficava encarregue de dirigir o País durante a ausência do regente D.João.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esse concelho foi constituído pelo Marquês de Abrantes, o tenente general Cunha de Meneses, o principal Castro que ficaria como regedor de Justiças, Pedro de Melo Breyner, o tenente general D.Francisco Xavier de Noronha,Presidente da Mesa da Consciência e das Ordens,Conde de Castro Marim,Conde de San Paio,D.Miguel Pereira <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Forjaz</span> e João António <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Salter</span> de Mendonça.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">As instruções dadas aos Governadores, dizia-se que "quanto possível for", deviam procurar conservar em paz o Reino, recebendo bem as tropas do Imperador.</span><br /><br /><ul style="font-weight: bold; color: rgb(153, 0, 0);"><li>O embarque da família real para o Brasil<br /></li></ul><br /><span style="font-weight: bold;">No dia 26 de Novembro D.João foi juntar-se à família, que após a decisão de retirada para o Brasil, se mudara de Mafra para o palácio de Queluz, ficando assim mais perto de Lisboa.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O príncipe real foi dos primeiros a chegar ao local de embarque acompanhado do sobrinho D.Pedro Carlos , sendo recebido a bordo por <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">lord</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Strangford</span>, sendo Carlota Joaquina a última a chegar fazendo-se acompanhar pelos seus 8 filhos desde a primogénita Maria Teresa até à mais nova D.Ana de Jesus.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Às 7 da manhã do dia 29 de Novembro foi dada ordem para se levantarem ancoras, Quando a última fragata que compunha a frota partiu ouviu-se um tiro de canhão disparado pelo primeiro <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_7">destacamento</span> francês chegado à cidade, porém a bala de canhão caiu na água.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> Dezoito navios de guerra portugueses e treze ingleses escoltaram mais de vinte e cinco navios mercantes de Lisboa até à costa do Brasil. A bordo seguiam mais de quinze mil portugueses, (número bastante controverso)</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Não se trata portanto da retirada da família real para o Brasil, mas sim de toda uma corte, atendendo ao número de pessoas envolvidas,às família nobres numerosas, juntavam-se alguns criados e muita gente ligada a serviços de ofício menores, soldados e outros servidores da Casa Real</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-32674063837304021062011-09-28T14:40:00.000-07:002011-09-28T15:57:35.586-07:00Acontecimentos no ano de 1807-3ºparte<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnsX3Mz15LtXcC-YpC1g82oN86pQ278-mgyK5XMMyiOqoJXLZ5A3YTS_QLh6YfBPMiaebQIQ3lzu6DRemGpmfB7DfxQ0dSejlM4zXZ1kEru60sXqAOODtoRxk13FjXJuY33T9LNTKEJsY/s1600/imgres"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 287px; height: 176px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnsX3Mz15LtXcC-YpC1g82oN86pQ278-mgyK5XMMyiOqoJXLZ5A3YTS_QLh6YfBPMiaebQIQ3lzu6DRemGpmfB7DfxQ0dSejlM4zXZ1kEru60sXqAOODtoRxk13FjXJuY33T9LNTKEJsY/s320/imgres" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5657545900569156994" border="0" /></a><br /><br /><ul style="color: rgb(204, 0, 0); font-weight: bold;"><li>Início da 1ºinvasão francesa</li></ul><span style="font-weight: bold;">No dia 17 de Novembro debaixo de grandes chuvadas a vanguarda das tropas francesas entra em Portugal por Segura na Beira Baixa, trata-se dum exército esfarrapado vivendo do que consegue saquear.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esta invasão ponha em andamento o plano divisão do País em 3 fatias, desenhado em Fontainebleau, As forças militares espanholas comandadas pelo general Juan Caraffa juntavam-se ás francesas comandadas por Junot, antigo embaixador em Portugal entre 1805 e 1806</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Ao mesmo tempo o general espanhol Taranco, na Galiza concentrava tropa espanholas na ordem dos 6500 homens para consumar a invasão e tomar a cidade do Porto.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Numa alucoção aos portugueses proferida em Alcantara (Espanha), Junot proclama a sua intenção de em conjunto com os portugueses por fim aos tiranos dos mares, referindo-se claramente aos ingleses, não aludindo claro ao teor de Fontainebleau e da divisão de Portugal em 3 fatias,</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Informado da hipótese de retirada da coroa portuguesa e do seu princípe regente D.João se retirar do Reino, Junot anunciou igualmente às tropas a sua intenção em chegar a Lisboa, antes que essa retirada se concretizasse obrigando os Braganças a abdicar.</span><br /><br /><ul style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;"><li>A reacção inglesa à invasão francesa</li></ul><span style="font-weight: bold;">Face à invasão francesa a reacção inglesa não se faz esperar, resolvendo ocupar a Madeira, na primeira fase dum plano que contemplava desembarques nos Açores e em Cabo Verde, Uma prepotência dizia alguns, porém isso nada seria perante o facto da decisão da família real se retirar para o Brasil, ter resultado dum ultimatum nesse sentido apresentado pelo embaixador inglês Lord Strangford.</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-4519469093515222032011-09-13T15:26:00.000-07:002011-09-28T15:50:20.825-07:00Acontecimentos no ano de 1807-2ºparte<ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Tratado de Fontaibleu</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Após terem fracassado as tentativa de levar Portugal, tradicional aliado da Inglaterra, a aceitar as regras do Bloqueio Continental e após intensa pressão diplomática, Napoleão decidiu invadir o território de Portugal.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Para isso, em termos de logística, as tropas napoleónicas necessitavam avançar por terra em território espanhol até ao território português, dado que os mares eram controlados pelas embarcações da Royal Navy.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Desse modo, a 27 de Outubro de 1807, o ministro espanhol Manuel de Godoy - o "Príncipe da Paz" -, e Napoleão Bonaparte firmaram um tratado secreto em Fontainebleau, na França, por cujos termos estabelecia-se a divisão de Portugal conquistado e suas dependências por ambos os signatários.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Complementarmente era permitida a passagem de tropas francesas pelo território espanhol a fim de invadir Portugal.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esse Tratado tem o seguinte texto:</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> Nós Napoleão, pela graça de Deus e da Constituição, Imperador dos Franceses, Rei da Itália e Protector da Confederação do Reno, tendo visto e examinado o tratado, concluído, arranjado e assinado em Fontainebleau, a 27 de Outubro de 1807, pelo general-de-divisão Michel Duroc, Grão-Marechal do Nosso Palácio, grão-cavaleiro da Legião de Honra, etc., em virtude de plenos poderes conferidos por nós para este fim, com D. Eugenio Izquierdo de Ribera y Lezaun, Conselheiro Honorário de Estado e da Guerra de Sua Majestade o Rei de Espanha, o qual também estava munido com plenos poderes pelo seu soberano, o qual tratado é na forma seguinte:</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> Sua Majestade o Imperador dos Franceses, Rei da Itália e Protector da Confederação do Reno, e Sua Majestade Católica o Rei da Espanha, desejando regular por comum com sentimento o interesse dos dois estados, e determinar a futura condição de Portugal, de maneira que seja consistente com a boa política de ambos os países; tem nomeado para seus ministros plenipotenciários, a saber: Sua Majestade o Imperador dos Franceses, Rei da Itália e Protector da Confederação do Reno, ao general de divisão Michel Duroc, Grão-Marechal do Palácio, grão-cavaleiro da Legião de Honra; e Sua Majestade Católica o Rei da Espanha, a D. Eugénio Izquierdo de Ribera y Lezaun, seu Conselheiro Honorário de Estado e da Guerra, os quais ministros, havendo ambos mutuamente trocado os seus plenos poderes, concordaram no seguinte:</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 1. — A província de Entre Douro e Minho, com a cidade do Porto, se trespassará em plena propriedade e soberania para Sua Majestade o Rei da Etrúria, com o título de Rei da Lusitânia Setentrional.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 2. — A província do Alentejo e o reino dos Algarves se trespassarão em plena propriedade e soberania para o Príncipe da Paz, para serem por ele gozados, debaixo do título de Príncipe dos Algarves.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 3. — As províncias da Beira, Trás-os-Montes e Estremadura portuguesa, ficarão por dispor até que haja uma paz, e então se disporá delas segundo as circunstâncias, e segundo o que se concordar entre as duas partes contratantes.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 4. — O Reino da Lusitânia Setentrional será tido pelos descendentes de Sua Majestade o Rei da Etrúria, hereditariamente e conforme as leis da sucessão, estabelecidas na família que ocupa o trono da Espanha.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 5. — O Principado dos Algarves será tido pelos descendentes do Príncipe da Paz hereditariamente e conforme as leis de sucessão estabelecidas na família que ocupa o trono da Espanha.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 6. — Se não houver descendentes ou herdeiros legítimos do Rei da Lusitânia Setentrional ou do Príncipe dos Algarves, se disporá por investidura do Rei de Espanha, de maneira que nunca se unirão debaixo de uma só cabeça, nem se anexarão à coroa de Espanha.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 7. — O Reino da Lusitânia Setentrional e o Principado dos Algarves reconhecerão como protector Sua Majestade Católica o Rei de Espanha, e em nenhum caso os soberanos destes países farão paz ou guerra sem o seu consentimento.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 8. — No caso de que as províncias da Beira, Trás-os-Montes e Estremadura portuguesa, tidas em sequestro, se devolvam na paz geral à Casa de Bragança, em troca de Gibraltar, Trindade e outras colónias, que os ingleses têm conquistado à Espanha e seus aliados, o novo soberano destas províncias terá, relativamente a Sua Majestade Católica o Rei de Espanha, as mesmas obrigações que tem o Rei da Lusitânia Setentrional e o Príncipe dos Algarves, e as terá debaixo das mesmas condições.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 9. — Sua Majestade o Rei da Etrúria, cede o Reino da Etrúria em plena propriedade e soberania a Sua Majestade o Imperador dos Franceses e Rei da Itália.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 10. — Assim que as províncias de Portugal forem definitivamente ocupadas, os diferentes príncipes que as devem possuir nomearão mutuamente comissários para verificar os seus limites naturais.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 11. — Sua Majestade o Imperador dos Franceses e Rei da Itália, garante a Sua Majestade Católica o Rei de Espanha, a posse dos seus domínios no continente da Europa, situados ao sul dos Pirenéus.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 12. — Sua Majestade o Imperador dos Franceses e Rei da Itália obriga-se a reconhecer a Sua Majestade Católica o Rei da Espanha como Imperador das Duas Américas, quando tudo estiver pronto para Sua Majestade assumir este título, que pode ser, ou ao tempo da paz geral, ou o mais tardar três anos depois daquela época.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 13. — As duas altas partes contratantes concordam mutuamente em uma igual divisão das ilhas, colónias e outras possessões ultramarinas de Portugal.</span><br /><span style="font-weight: bold;"> * Artigo 14. — O presente tratado será tido em segredo. Será ratificado e trocado em Madrid dentro de vinte dias, o mais tardar, da data da sua assinatura.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> — Dado em Fontainebleau, aos 27 de Outubro de 1807. = Napoleão = O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Champagny = O Secretário de Estado, Maret.</span><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Esquadra inglesa fundeada no Tejo</span><br /></li></ul><br /><span style="font-weight: bold;">No dia 16 de Novembro chega ao Tejo uma esquadra inglesa, comandada por Sir Sidney Smith, que transportava uma força de 7000 homens, preparada ou para escoltar a família real para o Brasil ou para tomar de assalto a frota portuguesa e atacar Lisboa.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Estava realmente colocado um verdadeiro dilema a Portugal.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em simultâneo, um correio vindo de Londres, enviado pelo embaixador Sousa Coutinha, trazendo um jornal oficial francês que reproduzia a opinião de Bonaparte, em que dizia que os Braganças já não governava em Portugal, dando o Tratado de Fontainbleau como em execução, demonstrando assim publicamente que se propunha retalhar o território português publicitando o conteúdo desse Tratado</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-41451348758007975422011-08-19T14:25:00.000-07:002011-08-19T15:55:55.813-07:00Acontecimentos no ano 1807
<br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Infante D.Pedro Condestável do Brasil</span>
<br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Numa reunião a 26 de Agosto, alguns ministros recomendam a D.João que enviasse o infante D.Pedro para o Brasil, mas pouco depois consideravam ser melhor enviar D.Miguel correndo igualmente rumores que o rei pretendia embarcar para o Brasil com ambos e uma das </span><span style="font-weight: bold;" class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">infantes</span><span style="font-weight: bold;"> D.Isabel Maria, mandando as outras </span><span style="font-weight: bold;" class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">infanta</span><span style="font-weight: bold;"> com a mãe para Espanha</span>
<br />
<br /><span style="font-weight: bold;">Numa proclamação ao «Estado do Brasil», o príncipe regente faz saber a 2 de Outubro que dera ao seu herdeiro o título de Condestável do Brasil.</span>
<br />
<br /><span style="font-weight: bold;"> Esta proclamação tem a vista a preparação do envio do príncipe D. Pedro para o Brasil, que se considerava </span><span style="font-weight: bold;" class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">salvaguardar</span><span style="font-weight: bold;"> a integridade dos territórios nacionais ou pelo menos a do mais importante dos domínios ultramarinos. Deste projecto ficou encarregue o visconde da Anadia</span>
<br />
<br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Fecho dos portos nacionais aos ingleses</span>
<br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Depois de ter escrito ao rei de Inglaterra pedindo-lhe o seu auxílio pessoal para a salvação da monarquia portuguesa, sugerindo-lhe que a haver guerra entre os velhos aliados, esta pudesse ser só aparente. Ao seu sogro o rei de Espanha anuncia-lhe a decisão de mandar o seu filho para o Brasil, embora num certo tom que a coroa espanhola terá entendido de ameaça, tipo intervenção no continente teria represálias na América do Sul-</span>
<br />
<br /><span style="font-weight: bold;">No dia seguinte D.João dirige-se a Napoleão assumindo pela primeira vez o compromisso de assumir uma data -20 de Outubro-para a ruptura com a </span><span style="font-weight: bold;" class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">Inglaterra</span><span style="font-weight: bold;">. Nessa data os portos nacionais seriam fechados à navegação inglesa,</span>
<br />
<br /><span style="font-weight: bold;">Nessa data publicou-se um decreto que ordenava o encerramento dos portos a navios sob a bandeira inglesa embora nada fosse decidido quanto à detenção dos </span><span style="font-weight: bold;" class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_4">súbditos</span><span style="font-weight: bold;"> ingleses e ao sequestro dos seus bens.</span>
<br />
<br />Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2943293238670723714.post-74387097947372489202011-07-11T13:54:00.000-07:002011-07-11T15:04:06.094-07:00Reuniões do Conselho de Estado levam à aceitação do Bloqueio Continental<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCxGvv-3Skd9cD9WDdZAFjQmRSmt9EKagEsCxK1eFyl6wShW1iUYfTVl4FKrD8F3KSXIOuA4_Jbsv_l4uWiexT0agMVZ_2ToegL8RnljA0nkly7k3qX2qfWeVKdqtRnNd_x8d6_fJxjDo/s1600/images.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 120px; height: 176px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCxGvv-3Skd9cD9WDdZAFjQmRSmt9EKagEsCxK1eFyl6wShW1iUYfTVl4FKrD8F3KSXIOuA4_Jbsv_l4uWiexT0agMVZ_2ToegL8RnljA0nkly7k3qX2qfWeVKdqtRnNd_x8d6_fJxjDo/s320/images.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5628218055149755922" border="0" /></a><br /><br />(<span style="font-weight: bold;">António de Araújo de Azevedo)<br /><br /></span><span style="font-weight: bold;">O incumprimento por parte de Portugal do clausulado do Bloqueio Continental imposto por Napoleão e a concentração em Baiona de tropas franco-espanholas em Julho e a nova imposição de Bonaparte no sentido de Portugal cortar relações com a Inglaterra em Agosto de 1807, levaram D.João a convocar o Conselho de Estado que se reuniria a 19 de Agosto.</span><br /><br /> <span style="font-weight: bold;">As notícias sobre o resultado dessa reunião indicam que, a opção de rejeição do ultimato francês, só terá encontrado defensores entres os que defendiam a aliança inglesa D.Rodrigo de Sousa Coutinho e D.João de Almeida</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">A ideia da resistência à eventual invasão franco-espanhola com o apoio efectivo de tropa inglesas e a possibilidade da retirada da corte para o Brasil, não colhiam nessa altura a preferência da maioria dos conselheiros.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Assom, Portugal declara aderir ao Bloqueio Continental, por meio de uma carta de António de Araújo de Azevedo, secretário de estado dos negócios estrangeiros, enviada ao seu homólogo francês a 25 de Setembro</span> <span style="font-weight: bold;"><br /><br />Mesmo assim foi desde logo dada ordem para preparação da frota que demonstrava que pelo menos na questão da retirada da família real haveria acordo entre os conselheiros.</span> <span style="font-weight: bold;"><br /><br />Por certo a razão principal da aquiscência da maioria dos conselheiros de Estado em aderir ao Bloqueio Continental prendia-se com o facto de Portugal temer a concretização da potencial invasão franco-espanhola.</span> <span style="font-weight: bold;"><br /><br />Essa razão foi compreendida pelo embaixador inglês Lord Strangford, que chegou a informar o seu governo, da verdadeira razão para Portugal decretar o fecho dos portos aos navios britânicos e que esse acto só seria hostil na aparência.</span> <span style="font-weight: bold;"><br /><br />A questão contudo na perspectiva inglesa não era tão simplista porque não era simplesmente a do fecho dos portos aos navios, que os preocupava, mas sobretudo, a posição estratégica dos mesmos, bastando imaginar o porto de Lisboa a servir de apoio aos navios franceses.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O historial recente demonstrara que em condições praticamente idênticas, os ingleses tinham recentemente arrasado o porto de Copenhaga para evitar que armada dinamarquesa fosse capturada pelos franceses,<br /><br />Nada garantiria portanto que o mesmo não fosse efectuado em Lisboa.</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0