Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

domingo, 5 de julho de 2015

Acontecimentos no ano de 1800

Nascimento de D.Maria Francisca

No Palácio de Queluz no dia 22 de Abril de 1800 nasceu a infanta Maria Francisca de Assis da Maternidade Xavier de Paula e de Alcântara Antónia Joaquina Gonzaga Carlota Mónica Senhorinha Sotera e Caia de Bragança e Bourbon..

Filho numero 5 do casal e terceira mulher viria a casar em Madrid com o infante Carlos de Bourbon, também seu tio materno e irmão de Carlos IV o herdeiro do trono de Espanha tendo estado envolvido num problema relacionado com a sucessão ao trono de Espanha que não vem aqui a propósito descrever .


Morte de D.António o mais velho dos meninos da Palhavã

 D.António que nascera  em Lisboa, a 1 de Outubro de 1704; faleceu a  14 de Agosto de 1800; sepultado no claustro do S. Vicente de Fora, filho de uma francesa e um dos três Meninos de Palhavã, por ter sido criado neste palácio. Foi reconhecido em 1742, tendo obtido o grau de doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra. Esteve desterrado no Buçaco, por ordem de Pombal, de 1760 a 1777.

No preâmbulo da guerra 

(retirado deste excelente trabalho )

Com o regresso de Napoleão Bonaparte a França em Outubro de 1799, a tomada do poder em Novembro por meio do golpe de estado de "Brumário" e a vitória do exército francês em Marengo, em Junho de 1800, mas sobretudo com o armistício de Parsdorf de 15 de Julho assinado pelos comandantes dos exércitos francês e austríaco na Alemanha, a situação portuguesa deteriorou-se rapidamente. Com este armistício perfilava-se a possibilidade de um acordo com a Áustria, o que permitia pensar no desvio de recursos para a Península Ibérica.

Em 28 de Julho Napoleão Bonaparte decide enviar o general Berthier, o seu conhecido chefe de estado-maior, a Madrid com o objectivo de levar a Espanha a declarar a guerra a Portugal, interessando Carlos IV no projecto com uma solução para a situação do duque de Parma, primo direito do rei de Espanha, irmão da Rainha Maria Luísa, e sogro de uma das suas filhas, a infanta Maria Luísa, e que tinha o seu ducado ocupado pelo exército francês.  A missão de Berthier, que só chegou a Madrid em 3 de Setembro, teve como consequência a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso de 1 de Outubro de 1800. Para dar ao duque de Parma a Toscânia e o título de rei a Espanha entregou à França a Luisiana, e 6 naus de guerra. Mas a declaração de guerra contra Portugal não foi acordada, mesmo que Napoleão Bonaparte tivesse pressionado para que a Guerra fosse declarada em meados de Outubro.  A missão de levar a Espanha a declarar a guerra a Portugal foi entregue ao irmão Luciano Bonaparte, nomeado embaixador em Novembro de 1800, mas sem ordens para oferecer apoio militar, tirando a oferta de alguns oficiais de engenharia e de artilharia. O governo espanhol continuou a recusar-se a atacar Portugal. Em finais de
Novembro, com o fim do armistício na Alemanha, a guerra entre a Áustria e a França retomava-se afastando de novo o espectro de uma intervenção francesa na Península. Mas a derrota austríaca na batalha de Hohehlinden, na Baviera, em Dezembro de 1800, fazia prever a retirada da Áustria da guerra o que veio a acontecer em 9 de Fevereiro de 1801, quando se assinou o tratado de paz de Luneville entre a Áustria e a França.

Portugal, que se via pressionado pela Espanha para aceitar as velhas exigências da França de abandonar a aliança inglesa, foi recusando de facto a realização de qualquer tipo de negociação, durante todo o ano de 1800. E preparava-se para a guerra, ao regulamentar o recrutamento e a utilização dos regimentos de milícias, considerados essenciais para o reforço do exército de campanha, e que irão ter na guerra futura uma participação assinalável.


A chegada de Luciano Bonaparte a Madrid e a presença de Godoy não eram bons indicadores para Portugal e dizia-se que a invasão de Portugal ainda não tinha acontecido devido "à moral " do rei Carlos IV, que recusava fazer guerra a Portugal por ter por cá uma filha, embora outras fontes afirmem que o fazia apenas para poder ressaltar a sua independência política face à França


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Nascimento de D.Pedro


Nascimento de D.Pedro

No dia 12 de Outubro de 1798, no quarto do Palácio de Queluz chamado D.Quixote , nasceu o segundo filho varão de D.João VI que viria a desempenhar um papel importante no futuro de Portugal e do Brasil, de seu nome Pedro de Alcantara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.

Muito embora a História nos venha a mostra o contrário , a verdade é que a sua condição de segundo filho varão não o destina-se à sucessão da coroa, que caberia ao seu irmão António, nascido 3 anos antes.

Contudo a saúde de D.António inspirava alguns cuidados o que teria levado D.Carlota Joaquina a mudar de ama para  o recém-nascido, (as rainhas não amamentavam as suas crias), nomeando a que até aí se ocupara da infanta Maria Teresa, pelos vistos com sucesso (no futebol chama-se chicotada psicológica) e já agora fica o seu nome D.Mariana Margarida Xavier Botelho e que viria a ser a amamentadora de todos os restantes filhos

sexta-feira, 26 de junho de 2015

.Nascimento de D.Maria Isabel de Bragança

.Nascimento de D.Maria Isabel de Bragança


Maria Isabel Francisca de Assis Antónia Carlota Joana Josefa Xavier de Paula Micaela Rafaela Isabel Gonzaga de Bragança e Bourbon nasceu em Queluz a 19 de Maio de 1797  3º filho de D.João VI (opps) e de D.Carlota Joaquina  viria a ser rainha de Espanha de 1816 até a sua morte
devido ao seu casamento com Fernando VII, celebrado no dia 29 de Setembro de 1816, em Madrid, tinha como objectivo reforçar as relações entre Espanha e Portugal.




A rainha Maria Isabel destacou-se por sua cultura e afeição pela arte. Foi dela que partiu a iniciativa de reunir obras de arte dos monarcas espanhóis para criar um museu real, o futuro Museu do Prado, inaugurado em 19 de Novembro de 1819, um ano após sua morte1 .

Maria Isabel e Fernando VII tiveram uma filha, Maria Luísa Isabel nascida a 21 de Agosto de 1817 e que viria a morrer  9 de Janeiro de 1818  e uma filha natimorta nascida a 26 de Dezembro de 1818. As complicações do segundo parto provocaram seu falecimento, no Palácio Real de Aranjuez.

Seu corpo está sepultado no mosteiro do Escorial,

domingo, 8 de junho de 2014

Preambulo da guerra das Laranjas

A 10 de Agosto de 1797, falhou a que viria a ser a derradeira tentativa de evitar uma guerra que adivinhava entre Portugal e as forças franco-espanholas que consistia na assinatura dum tratado de paz coma França, desde logo destinada ao malogro porque a questão sem a qual não era possível qualquer entendimento com a França passava pela anulação do tratado com a Grã-Bretanha.

Portugal tentava ganhar tempo na esperança que a sorte da guerra mudasse e que uma derrota da França, acabasse por ser benéfica para Portugal

Depois de várias situações de impasse no inicio de 1800 a guerra parecia eminente devido á deslocação para a fronteira de tropas espanholas, deslocação de mantimentos e de hospitais de campanha.

Em Agosto uma força inglesa ataca tropas espanholas perto de Ferrol, que como se calcula ainda mais indispôs o governo espanhol. Tendo Portugal solicitado ao general Abercombrie estacionado em Gibraltar, auxilio militar , que trouxe a Lisboa, a 8 de Novembro de 1800 alguns navios ingleses e cerca de 1500 homens e a promessa de virem mais

Contudo perante uma epidemia declarada em Cádiz e a chegada de Luciano Bonaparte a Madrid, que promoveu algumas mexidas da condução política da eventual guerra, pareciam afastar no imediato o início da guerra, pelo que o governo inglês decidiu mandar retirar as tropas estacionadas em Lisboa, fazendo-as regressar a Gibraltar.

O nascimento de D.Francisco António Pio

No dia 21 de Março de 1795 nasceu no Palácio de Queluz o primeiro filho varão  de D.João VI e de D.Carlota Joaquina , aquele que se julgou na altura ser o sucessor ao trono, o infante D.Francisco António Pio, príncipe da Beira.

O papa Pio VI foi convidado para padrinho, tendo o convite sido aceite. O baptismo viria a decorrer na sala de música do palácio de Queluz, motivo duplamente festejado, porque para além do próprio baptizado, promoveu um reencontro de Carlota Joaquina com a sua família

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Acontecimentos no ano de 1809-3ªparte

  • A acção determinante do Brigadeiro Silveira
Na sua caminhada para o Porto, as tropas do general Soult, no dia 20 de Março com muito pouco resistência organizada, ocupam Braga apenas 8 dias depois de terem ocupado Chaves.

O objectivo de Soult era o Porto.

 Após a ocupação do Porto, Soult enviou uma força para sul do Douro, mas na região de Trás-os-Montes, as comunicações ao longo da linha do Douro com as forças francesas em Espanha estavam cortadas pelas tropas do brigadeiro Silveira. que fora obrigado a retirar de Chaves, acantonando  as suas tropas em Vila Real mas, assim que soube que Soult se dirigiu para Braga, reuniu as suas tropas, regulares e irregulares, e cercou a guarnição francesa que ali tinha ficado. 

Esta rendeu-se após cinco dias de cerco. Em seguida, Silveira dirigiu-se para Amarante onde, além dos muitos ordenanças que conseguiu reunir na região de Chaves, recebeu também muitos dos fugitivos que tinham escapado do Porto. O seu exército agora contava cerca de 10 mil homens.

As forças do brigadeiro Silveira ocuparam a margem esquerda (Leste) do Tâmega e protegeram com trincheiras e alguns obstáculos as pontes e vaus daquele rio. Quando o destacamento de Loison, que Soult tinha enviado para estabelecer contacto com as forças de Lapisse, chegou ao rio Tâmega encontrou todas as passagens defendidas pelas tropas do brigadeiro Silveira. 

Da resistência colocada ao avanço das tropas francesas, a defesa da Ponte de Amarante foi a acção mais significativa. Entre 7 de Abril e 2 de Maio, as forças portuguesas conseguiram impedir que as tropas francesas passassem para Leste do Tâmega e, igualmente importante, conseguiram imobilizar durante todo aquele tempo uma parte importante do exército de Soult que, depois de reforçado por duas vezes o destacamento de Loison, somava já cerca de 9 mil homens.

As tropas francesas acabaram por passar o Tâmega mas, devido à acção das forças de Silveira e da coluna sob comando de Beresford, que tinha saído de Coimbra no início de Maio e chegado a Peso da Régua a 10, acabaram por ser obrigadas a voltar para trás. No dia 12 de Maio, quando as forças de Wellesley entravam no Porto, Loison iniciava a retirada de Amarante para Guimarães. 

Nesse mesmo dia Soult iniciava a sua retirada em direcção à Galiza.

Fonte Wilkipedia


  • Chegada de Wellsley  a Lisboa
 Arthur Wellesley foi o quarto filho do marquês de Mornington e de Ann Hill, a filha mais velha do visconde de Dungannon. Foi educado em Eton College e na Academia Militar em Angers, na França. Iniciou a sua carreira militar nos aquartelamentos do Regimento 73 na Inglaterra. 

Nasceu na Irlanda em 1769, curiosamente no mesmo ano de Napoleão. e viria a distinguir-se como militar na Índia onde o seu irmão era governador-geral.

Egocêntrico, duro, ultraconservador, seguiu mais tarde a carreira política tendo seguido mais tarde a carreira politica sendo por duas vezes nomeado primeiro-ministro inglês.

Em 1814 foi agraciado com o título de duque de Wellington, tendo desempenhado um papel de grande relevo, na sequência das invasões francesas assumindo o comando das tropas anglo-portuguesas no dia 22 de Março de 1809

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Acontecimentos no ano de 1809-2ªparte

  • Linchamento do general Bernardim Freire de Andrade

Como foi atrás descrito, atendendo ao avanço das tropas francesas em direcção a Chaves, foi decidido pelo general Bernardim Freire de Andrade governador militar do Porto, que vencera os franceses em Caminha e em Cerveira, perante aquela investida para Chaves decide não sair em defesa daquela praça, preferindo o recuo para o Porto.

Dizem que revelando permeabilidade à influência popular, que acusava o general de ter aberto o caminho ao avanço francês, os soldados portugueses prendem o seu comandante, sob a acusação de traição. Após vários incidentes, a situação do general acaba por ser aparentemente resolvida quando o oficial prussiano o barão de Eben que comandava o regimento britânico sediado no Porto, e que consegue salvar  Freire de Andrade das mãos dos amotinados, sob a alegação de o enviar para uma prisão em Braga onde aguardaria julgamento,

Contudo a pequena escolta enviada para o proteger não foi suficiente para impedir a sua captura e posterior linchamento junto à prisão de Braga no dia 18  de Março de 1809.

  • A tomada da cidade do Porto

A situação no país em especial no norte do País era de grande confusão, acusações e condenações à morte sumárias aconteciam por todo o lado, juízes, militares e outras pessoas que se julgassem próximas dos franceses eram linchados  e os seus cadáveres arrastados pelas ruas do Porto e atirados ao Douro.

Enquanto isso as tropas francesas avançavam em direcção aquela cidade, Guimarães, Trofa, e Barcelos foram sendo tomadas pelas tropas de Soult.

A cidade era defendida por cerca de 20 mil homens indisciplinados e mal armados, comandadas pelo bispo D.António de São José de Castro,sendo  que após várias escaramuças e reencontros, as tropas francesas entram na cidade no dia 29 de Março, saqueando-a e proclamando vitória.

Tentando escapar aos ataques da cavalaria francesa, o povo fugia em grande pânico e ao tentar escapar para a margem oposta à cidade ao tentar atravessar a ponte das Barcas que unia as duas margens, atendendo ao peso que sobre ela incidia, desabou arrastando para a morte mais de 4 mil pessoas, muito embora as contas da mortandade pela conquista da cidade apontem para mais de 10 mil pessoas.