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terça-feira, 22 de maio de 2012

Acontecimentos no ano de 1808-9ºparte

  • Retirada de Junot e do exercito francês
A declaração de derrota dos franceses feita na Convenção de Sintra, a 30 de Agosto de 1808, na qual foi assinado um acordo entre a Inglaterra e a França, encerrou a primeira invasão francesa a Portugal, sendo que Junot teria de retirar as suas tropas sem maiores perdas e em segurança, retirada que se iniciou a 15 de Setembro

Este acordo foi criticado como disse anteriormente não só por algumas individualidades portuguesas mas também pela corte inglesa, que condenou o facto dos oficiais britânicos em Portugal, permitirem a retirada dos franceses de modo tão pacífico e sem qualquer consequência de maior.

Feito este acordo, Wellington ganhou o controle de Lisboa e da linha de defesa da barra do Rio Tejo, sem necessidade de combate.

  • A Legião portuguesa ao serviço de Napoleão
Uma política napoleónica repetida em todos os países era a formação dum exercito nos países invadidos que eram afastados do seus pais e englobados no exercito francês para combater noutros países em Portugal, ficariam estacionadas somente as tropas francesas.

A Legião Portuguesa então formada contava com cerca de nove mil homens, assim distribuídos: os soldados dos 24 regimentos de Infantaria formavam cinco de Infantaria e um de Caçadores a Pé; com os doze regimentos de cavalaria formou três, dos quais um com artilharia.

O general Junot escolheu para chefiar a Legião Portuguesa o general de Divisão D. Pedro de Almeida, marquês de Alorna, coadjuvado por um segundo-comandante, o tenente-coronel Gomes Freire de Andrade, um antigo combatente nas tropas de Catarina II da Rússia, onde se notabilizara na conquista de Oczacov, e que também combatera no Rossilhão

A partida da Legião Portuguesa foi marcada para Abril de 1808. Em Junho desse ano, esta já se encontrava em França, com menos de três mil membros, que entretanto desertaram pelo caminho (em Espanha, pois recusavam-se a combater por Napoleão), onde foi inspeccionada pelo imperador.

A Legião Portuguesa fora também alvo de um decreto, publicado em França a 5 de maio, que a organizava e estabelecia formalmente, recebendo o nome que a acompanhou até 1813.

A segunda divisão da Legião Portuguesa voltou a Espanha, por onde passara recentemente na viagem para França, para ajudar as tropas francesas a controlarem as revoltas contra os invasores, que entretanto tinham rebentado neste país.

Deste modo, os soldados portugueses vieram a participar, por exemplo, no cerco de Saragoça, de 2 de Junho a 13 de Agosto, onde pereceram para cima de 140.

As baixas sofridas pelas forças invasoras e os seus aliados levaram Napoleão a reorganizar a Legião Portuguesa, que de seguida foi enviada para Grenoble.

Em Março do ano seguinte, Napoleão ordenou a organização de uma décima terceira meia-brigada, composta por soldados portugueses que foram integrados nos granadeiros do marechal Oudinot, onde estes se destacaram a ponto de o imperador ter ordenado, a 12 de Junho, que estes recebessem o mesmo pré e os oficiais o mesmo soldo que os militares franceses de igual patente.

Em 1809, os soldados portugueses voltaram a evidenciar-se em Aspern e em Wagram (somente com 1800 efectivos), onde foram decisivos para a vitória francesa e onde sofreram 491 baixas, entre as quais a do marquês de Loulé.

Fonte: Infopédia