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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Acontecimentos no ano de 1801



  • Morte do primeiro filho D António Francisco
D. António Francisco de Assis de Bragança e Bourbon o segundo filho dos príncipes do Brasil, D. João e D. Carlota Joaquina. Sendo o primeiro filho varão do casal, havia recebido conforme a tradição o título de príncipe da Beira.

Nascera a 21 de Março de 1795 viria a morreu a 11 de Junho de 1801, com 5 anos de idade, pelo que passaria a herança do trono o seu irmão homem mais novo, o príncipe D. Pedro de Alcântara de Bragança, que era o 4º filho do casal e o segundo varão.

  • Nascimento da filha D.Isabel Maria
A 4 de Julho de 1801, menos de um mês depois da morte do seu segundo filho, D.Carlota Joaquina trouxe ao mundo em Queluz o 6º filho do casal e 4ª mulher, D.Isabel Maria de Bragança e que viria a ser mais tarde no ano de 1826, regente de Portugal.

Não era tempo de festejos devido ao luto pela morte de D.António e pela situação política, mas o baptizado decorreu na capela real do palácio de Queluz no dia 12 de Julho sendo o sacramento administrado pelo cardeal patriarca D.José Francisco de Mendonça, seguido de Te Deum

Acontecimento no ano de 1801

  • Empréstimo de 12 milhões de cruzados, constando de 20 000 acções de 240 réis cada uma.

Foi tão grande o abalo produzido pela circulação da moeda papel, de que o governo e os particulares também haviam abusado, que se sucederam sem interrupção os alvarás providenciando acerca do assunto. A 13 de Julho de 1800, o príncipe regente, aludindo à dívida tão prejudicial às reais finanças e tão incómoda para o giro do comércio, proibia a continuação de semelhante recurso e, para prevenir e evitar quanto possível qualquer outro do mesmo género, mandava à junta provisional do Erário que avaliasse definitivamente o deficit e que indicasse quais as providências a adoptar para equilibrar a receita com a despesa.

No entanto, para ocorrer à despesa do ano de 1801, mandava o regente a 7 de Março, que sem perda de tempo se abrisse um novo empréstimo de doze milhões de cruzados na forma, isto é, metade em metal e metade nas apólices pequenas do primeiro empréstimo [esta forma de pagamento já vinha prevista no decreto de 13 de Março de 1797, tendo sido repetida posteriormente várias vezes, como por exemplo no alvará de 25 de Fevereiro de 1801, que determinava a subtracção de 30% das quantias a quem não aceitasse os pagamentos nesta conformidade].

Havia certa hesitação em dar às apólices pequenas o seu verdadeiro nome de papel moeda.

Com o novo empréstimo fazia-se nova lotaria de 40.000 bilhetes de 20$000 réis. A subscrição para este empréstimo era por 240$000 réis, podendo o subscritor receber uma apólice de 100$000 réis com juro permanente de 6 por cento, uma apólice vitalícia com juro de 8 1/2 por cento e dois bilhetes da lotaria.

O subscritor podia optar por duas apólices de juro permanente ou por duas de juro vitalício à vontade.

Para o novo empréstimo criaram-se novos impostos sobre o açúcar, o algodão e muitos outros artigos. A receita destes impostos foi formar a terceira caixa da junta encarregada de administrar os empréstimos reais.

créditos :invasões francesas

  • Tratado de Badajoz

O Tratado de Badajoz, também conhecido como Paz de Badajoz, foi celebrado na cidade espanhola de Badajoz, em 6 de Junho de 1801, entre Portugal, por uma parte, e a Espanha e a França coligadas, pela outra.

As consequências políticas em Portugal foram desde logo a destituição do velho Duque de Lafões, exoneração devida à sua comprovada incompetência

O Tratado colocava fim à chamada Guerra das Laranjas, embora tenha sido assinado por Portugal sob coacção, já que o país encontrava-se ameaçado pela invasão de tropas francesas estacionadas na fronteira, em Ciudad Rodrigo.


Os termos do tratado foram ratificados pelo Príncipe-Regente de Portugal, D. João, no dia 14, e por Carlos IV de Espanha, a 21 do mesmo mês, mas foram rejeitados pelo primeiro cônsul da França, Napoleão Bonaparte.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Acontecimentos no ano de 1801

  • Ultimato espanhol
A confirmação do Duque de Lafões, além de significar a manutenção das ideias antiquadas no plano militar afastando a possibilidade de alguma modernização, também não agradou a muita gente na corte incluindo a princesa Carlota Joaquina, que também não deixava de alertar o príncipe regente para a possibilidade de que seu pai o rei de Espanha não conseguisse resistir, por influência de Godoy, à pressão francesa para invadir Portugal.

Tudo indicava uma situação de agressão militar contra Portugal pois logo em Janeiro de 1801, foi a Godoy entregue o comando de todas as tropas espanholas o que levou a que nesse mesmo mês de Janeiro, o governo de Lisboa tenha solicitado ao governo inglês, ajuda perante a invasão eminente.

Entretanto a 27 de Fevereiro Carlos IV envia a Portugal, um Manifesto no qual, declarava a guerra a Portugal, mostrando claramente que se tal não acontecera antes foi porque a barreira da mediação espanhola o tinha conseguido e que agora se encontrava a coroa espanhola, também ela,vitima de um ultimato francês.

A diplomacia portuguesa tentava por um lado negociar com a Espanha e com a França, o negociador português o Morgado de Mateus não conseguia demover quer Godoy, quer o embaixador francês em Madrid Luciano Bonaparte

Por outro lado também da Inglaterra não surgiam sinais de apoio, o que colocava Portugal em grande dificuldade, nem tropas nem dinheiro, era o balanço negro que se fazia nessa altura.

  • A guerra das laranjas e a perda de Olivença

Em Abril as hostilidades fronteiriças tinham começado, com algumas picardias e forte concentração de tropas em ambos as fronteira mas ainda sem nenhum reencontro assinalável.

Só em 20 de Maio as tropas espanholas entram em Portugal, sob o comando de Godoy, acabando por tomar rapidamente as praças de Olivença, Juromenha e outras no Alto-Alentejo: o episódio ficaria conhecido como a Guerra das Laranjas.

O nome porque ficou conhecida esta invasão espanhola, deveu-se ao facto de Godoy ter enviado um ramo dessa fruta à rainha de Espanha, Maria Luísa de Parma, como prenda pela sua vitória