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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Acontecimentos no ano de 1806

  • D.Bernardo de Lorena nomeado vice-rei da India

A 17 de Setembro de 1806, D.Bernardo de Lorena 5º conde de Sarzedas, foi nomeado 48º vice-rei da Índia. Entrou a barra de Goa a 27 de Maio de 1807, sendo recebido com muito entusiasmo por vir investido na dignidade de vice-rei, que em 1774 fora suprimida pelo marquês de Pombal.

Achavam-se ainda em Goa uns trinta mil e tantos soldados ingleses que tinham vindo ocupar a cidade, sob pretexto de a proteger contra as possíveis empresas dos franceses. Contudo, durante o governo de Veiga Cabral, antecessor do conde de Sarzedas, eram os ingleses que governavam.

Não sucedeu, porém, assim com o conde, que soube mostrar dignidade e força de carácter. Só a 1 de Novembro de 1810 começaram os ingleses a retirar-se, e a 2 de Abril de 1813 saiu de Goa o último regimento britânico. O conde de Sarzedas governou a Índia durante 9 anos, e entregando o governo ao seu sucessor a 29 de Novembro de 1816.

Fonte:Portal da História

  • Presença em Portugal de Lord Rosslyn legado inglês

Em Agosto o Governo inglês incumbe um legado diplomático, Lord Rosslyn, de prometer
ajuda a Portugal ou para combater a invasão do Reino ou para transferir a Corte para o Brasil, mas, atendendo à crença lusa na possibilidade de manter a neutralidade e à desconfiança em relação aos ingleses que não apoiaram o nosso País na guerra de 1801, quando se perdeu Olivença, o ministro António de Araújo de Azevedo desvalorizou as
propostas britânicas e Rosslyn informou Londres do fracasso da sua missão.

Decorreram longas e complicadas negociações conduzidas pelo mesmo estadista português e pela nossa diplomacia em Lisboa, Paris, Londres e Madrid, entremeadas por sucessivas reuniões do Conselho de Estado, onde o assunto foi discutido com atenção de acordo com o melindre das circunstâncias.

Durante as negociações esteve sobre a mesa a possibilidade da armada inglesa estacionada não muito longe de Portugal, desembarcar no nosso território por forma a garantir que Portugal não cedendo às propostas francesas, teria possibilidade de se defender duma agressão Hispano-francesa.

Porém em todas as conversações estava sempre presente a extrema dependência portuguesa da poderosa armada inglesa, sem a qual seria certo se perderia o domínio sobre o Brasil
  • Napoleão impõe o bloqueio continental
O Bloqueio Continental foi a proibição imposta por Napoleão Bonaparte , a 21 de Novembro, que consistia em impedir o acesso a portos dos países então submetidos ao domínio do Império Francês a navios do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda.

Com o decreto buscava-se isolar economicamente as Ilhas Britânicas, sufocando suas relações comerciais e os contactos com os mercados consumidores dos produtos originados nas suas manufaturas.

Napoleão justificou tal violação do direito internacional como uma exigência de responder à acção de bloqueio dos portos franceses por navios da Marinha do Reino Unido, que anteriormente ao decreto napoleónico havia por diversas vezes sequestrado navios franceses.

O objectivo do bloqueio era atingir a economia britânica. Com a derrota em Trafalgar, a França não teria mais condições de contestar o domínio inglês dos mares nem teria a possibilidade de invadi-la com uma expedição de tropas transportadas via marítima.

Além disso, qualquer navio, não apenas os britânicos, que atracassem num porto sujeito ao Bloqueio vindo de um porto do Reino Unido seria sujeito ao confisco da carga.