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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Acontecimentos no ano de 1802


  • Chegada a Lisboa do embaixador francês Lannes
O embaixador francês general Lannes chegou a Lisboa no dia 2 de Maio e desde a primeira hora pautou a sua atitude com total arrogância e completa falta de atributos diplomáticos, consequência evidente do comportamento napoleónico por toda a Europa.

Desde logo o embaixador mostrava em todas as suas atitudes o quanto desprezava o pequeno país onde permanecia, recusava ser recebido pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros exigindo ser recebido apenas pelo príncipe D.João.

Em Agosto desse ano chegara a retirar-se da corte, porque D.João não acedera ao seu pedido de destituição de Pina Manique, como ele exigira, atendendo a que este na qualidade do director geral das Alfandegas não o isentara de pagamento de direitos, que lhe aprouvera não ter que pagar.

Jean Lannes era um dos mais conceituados generais (mais tarde promovido a Marechal), que tinha o privilégio de tratar Napoleão por tu, um héroi, que não suportava outro tratamento que não fosse o de ser idolatrada. Face à determinação de D.João em não ceder a esse pedido de Lannes , este retirou-se para França, como já disse mas desta vez Napoleão, não apoiou, pelo menos aparentemente, o seu general, mandando-o regressara a Lisboa, onde muito mais incidentes viriam a ocorrer.

  • Nascimento de D.Miguel
Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo de Bragança e Bourbon, nasceu em Queluz a 26 de Outubro de 1802 e viria a morrer em Esselbach na Baviera a 14 de Novembro de 1866 e foi o terceiro filho do rei Dom João VI de Portugal.

Algumas fontes sugerem que D. Miguel seria fruto das alegadas ligações adúlteras de sua mãe, Carlota Joaquina. Aparentemente, o próprio D. João VI teria confirmado não ter tido relações sexuais com a sua esposa durante mais de dois anos e meio antes do nascimento de D. Miguel, tempo durante o qual D. João e Carlota Joaquina terão vivido em guerrilha conjugal, permanente conspiração e só se encontravam em raras ocasiões oficiais.

Segundo esta teoria, D. Miguel poderia ter sido filho do marquês de Marialva (com quem se assemelhava fisicamente), ou do jardineiro do palácio da rainha, ou de um outro serviçal do Ramalhão (o palácio localizado perto de Sintra, onde Carlota Joaquina vivia separada de seu real esposo).

Os defensores desta teoria não conseguem contudo explicar o porquê de D. João, se tinha de facto dúvidas quanto à paternidade de D. Miguel, ter reconhecido este último como seu filho.

Repudiando D. Miguel, o monarca teria a mais soberana das oportunidades de anular o seu casamento com Dª Carlota Joaquina. Se não o fez, é lícito afirmar que não tinha quaisquer dúvidas quanto à paternidade de D. Miguel e que essas dúvidas são fruto de meros mexerico sem base sólida e muito explorados por alguma propaganda pró-liberal e por alguns monárquicos da actualidade que pretendem privar os descendentes de D. Miguel da condição de pretendentes ao trono de Portugal.

Ou então razões de ordem diplomática terão impedido D.João de repudiar D.Carlota Joaquina basta atender à situação política da época, onde por certo, um litígio com o rei de Espanha Carlos IV, seu sogro, não seria o mais aconselhável.

Por outro lado, dado que as dúvidas sobre a paternidade de D. Miguel acima referidas têm como base fundamental as memórias de Laure Permon, mulher de Junot, onde sobressai uma profunda antipatia pela Corte Portuguesa e por Carlota Joaquina, a sua veracidade torna-se mais duvidosa ainda.

É um facto que, ao longo da História, são inúmeros os casos em que a fidelidade conjugal de Reis e rainhas é posta em causa, mas, neste caso específico, esta veracidade torna-se ainda mais remota se atendermos também ao facto de que nenhum dos historiadores liberais de referência do período pós-miguelista (Luz Soriano e Alexandre Herculano) coloca em dúvida a paternidade de D. Miguel, mesmo apesar de terem sido seus inimigos confessos e de inclusivamente terem combatido contra ele durante a Guerra Civil

Fonte:Wikipedia

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