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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Conselho de regência em tempo de crise

Os tempos em que se discutia a probabilidade da declaração de regência por parte de D.João , eram difíceis para a imagem do príncipe , tida como titubeante e indeciso, e refém por acusações recíprocas dos "partidos" anteriormente referidos.

Acrescia a este aspecto de natureza política, outro de natureza financeira, acusando-o de não saber gerir as finanças públicas, oprimindo o povo com a emissão continuada de papel-moeda o que o desacreditava bastante, ao mesmo tempo que desvalorizava esse mesmo papel, e ainda ao facto de ter sido inteiramente delapidado um empréstimo de 20 milhões de cruzados que tinha sido concedido.

Os partidos existentes reflectiam também os campos de influência politica francesa ou inglesa, sendo D.António de Araújo Azevedo, Seabra da Silva e o duque de Lafões defensores da primeira e D.Rodrigo de Sousa Coutinho e o marquês de Ponte de Lima do lado as orientações vindas de Londres.

A ascensão de Napoleão ao poder com o 18 Brumário deste ano, viria a ameaçar Portugal de uma invasão através da Espanha, visto que o ministro Godoy, não deixava de incentivar o seu rei Carlos IV, pai de Carlota Joaquina a invadir Portugal, ne sequência do estimulo napoleónico para afrontar o mais antigo aliado britânico.

Talvez por razões de solidariedade para com a filha tenha obstado a que Carlos IV o fizesse contrariando os conselho de Godoy. Esse foi o lado positivo do casamento de D.João com uma tão alta figura da família Borbon espanhola.

Essa mesma predominância, custou a Carlota Joaquina a presença no Conselho de Regência, então formado por oposição específica do duque de Lafões, que não veria com bons olhos a presença dela nesse órgão, exactamente pelos seus laços de sangue.

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