D.João aprovara a construção de raiz de um novo palácio, cuja traça do plano é de Manuel Caetano de Sousa que apresenta um projecto de arquitectura do tipo barroco
O lançamento da primeira pedra é celebrado a 9 de Novembro de 1795.
Ainda no início desta construção, chegaram entretanto a Portugal dois arquitectos vindos da escola de Bolonha e seguidores da nova corrente de inspiração neoclássica, que exerceram influência junto do Príncipe D.João pondo este de parte o projecto Barroco.
Este foi um confronto teórico entre as principais correntes estéticas presentes em Portugal nos inícios do século XIX: o barroco e o rococó, que dominava a solução formal de Caetano e o neoclássico de derivação italiana, representado por Fabri e Costa e Silva.
A substituição de Manuel Caetano por estes dois arquitectos na direcção das obras do palácio vem confirmar a vitória do partido neoclássico. Embora Costa e Silva pretendesse aproveitar a construção existente, reformulando o seu programa formal e compositivo, Fabri considerava que a obra deveria ser inteiramente refeita.
O compromisso entre estas duas posições manteve-se até 1913, quando o arquitecto Costa e Silva se desloca definitivamente para o Brasil, deixando a orientação das obras entregue a Fabri. As obras prosseguiram lentamente e, em 1817, Fabri morre deixando o palácio bastante incompleto.
O estilo adoptado é civil residencial, de estilo neoclássico, de planta sensivelmente quadrada, organizando, em torno de um pátio quadrangular, quatro alas, cuja volumetria paralelepipédica é coberta por telhados a duas águas, articulados nos ângulos.
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