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terça-feira, 27 de julho de 2010

O tratado de Basileia e Godoy


  • O tratado de Basileia e Godoy
Como disse em post anterior a participação portuguesa como auxiliar do exército espanhol nas Campanhas do Rossilhão e Catalunha, entre 1793 e 1795, teve um protagonista adicional, como adversário o novo ditador de Espanha, Godoy

Claro que desde a morte de Luís XVI, tanto a Espanha como a Inglaterra, iniciam a sua preparação para a guerra, como o nosso ministro em Espanha, Diogo de Carvalho e Sampaio, na altura observando os preparativos bélicos avisara .

Contudo, as conversações entre a Inglaterra e Espanha tinham lugar sem o conhecimento de Portugal que teria de se conformar a entrar no conflito em posição subalterna, como aconteceu
figurando as suas forças militares como auxiliares ou de potência acessória.

Godoy só condescendera em “fazer causa comum” no caso do reino de Portugal ser atacado pela França .No longo calvário da campanha do Rossilhão a presença foi subalterna, como viria a ser a sua conclusão

A guerra terminou com um tratado assinado entre o governo francês e espanhol, em Basileia, em Julho de 1795, elaborado sem o conhecimento do governo português, e que nos viria a criar a situação de permanecermos, para efeitos jurídico políticos, em estado de guerra com a França.

Este tratado do qual Godoy se ufana de ser de sua autoria ou pelo menos sob sua influência e com condições por si impostas

Aliás, após a negociação que culminara no tratado de Basileia, dizia-se nos termos do acordo que “a Republica aceitou a mediação de S. M. Católica em favor do rei de Portugal”,criando, assim, mais uma situação aviltante e de profunda subordinação do nosso país à Coroa espanhola

Mediação essa que Godoy não patrocinou e que deixou Portugal na situação de ter que negociar uma paz separada,com a França ou a sujeitar-se as contigências duma nova guerra, cujos contornos interessariam aos desígnios de Godoy o príncipe da paz, como lhe chamavam. Um homem que em pouco mais de 2 anos e meio, se converteu de cadete da guarda, com cerca de 20 anos, em Tenente General do exército espanhol, adquirindo, simultâneamente, a doação patrimonial do vale de Alcudia e a concessão do título de Duque.

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