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terça-feira, 6 de julho de 2010

A sentença da Inconfidência Mineira



Na sequência da Inconfidência mineira e da prisão de Tiradentes e dos outros implicados.

Segundo se relata no Portal maçónico.

Iniciaram-se os trabalhos da devassa, que se arrastariam por longos anos e enquanto os demais integrantes da inconfidência mineira também presos, tratavam de se defender, muitos até mesmo negando responsabilidades com o movimento, Tiradentes as assumia integralmente, com silenciosa e serena bravura.

Não constou em nenhum auto nenhuma delação por parte do Alferes ou revelação dos nomes dos seus amigos de causa. Finalmente a 18/04/1792, foi prolatada a primeira sentença, condenando a morte por enforcamento a Tiradentes e mais 10 integrantes do movimento. No dia seguinte, ou seja, em 19/04/1.792 na cadeia publica, foi lida a sentença que o declarava único culpado da sedição, quando Tiradentes ouviu sem pestanejar, a sua condenação.

Após a leitura da sentença foi tornada pública a Carta-Régia, conservada em sigilo, segundo a qual D. Maria l deferia ao tribunal o poder de comutar a pena capital pela pena de degredo e por nova sentença de 20/04/1792, entenderiam os juízes que só não deveria ser poupado o "infame réu" Joaquim José da Silva Xavier, considerado "indigno da real piedade".

A 21 de Abril, com o aparato de costume naquela época, executou-se a infamante e absurda sentença, marchando Tiradentes para o sacrifício, sem que se alterasse a placidez do seu rosto e sofreu o martírio como um apóstolo da sacrossanta causa da liberdade e da redenção do Brasil.

Enforcado e depois de morto, teve a cabeça cortada e levada a Vila Rica, onde em local mais concorrido, foi colocada sobre um poste, seu corpo esquartejado foi espalhado pelos caminhos de Minas em várias povoações até consumir-se totalmente, declarados infames seus filhos e seus netos, a casa em que vivia em Vila Rica, totalmente arrasada e na qual foi semeado sal, para que nunca mais se edificasse em seu solo, tudo em cumprimento a terrível condenação que lhe foi imposta.


O grupo, liderado pelo alferes Tiradentes era formado pelos poetas Tomáz Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros.

Tomás António Gonzaga o poeta da Marília do Dirceu permanece em reclusão por três anos, durante os quais, teria escrito a maior parte das liras atribuídas a ele, pois não há registos de assinatura em qualquer uma de suas poesias.

Em 1792, sua pena é comutada em degredo e o poeta é enviado para Moçambique, para cumprir uma sentença de dez anos. Cláudio Manuel da Costa terá cometido um suicídio conveniente, sob a égide e controlo do visconde de Barbacena governador da capitania de Minas Gerais

Inácio de Alvarenga, pressionado por dívidas e impostos em atraso, acabou por pagara o seu envolvimento na Inconfidência Mineira, com a deportação para Angola, onde viria a falecer.

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